Por que Marco Ruas não está no Hall da Fama do UFC? Rizzo e jornalista explicam

* Um assunto que sempre entrou em questão no mundo da luta é o motivo de Marco Ruas não fazer parte do seleto grupo de Hall da Fama do UFC. “O Rei das ruas” é um dos grandes precursores das artes marciais mistas, além de ser um dos maiores nomes da modalidade no Brasil e no mundo.

O primeiro registro de Ruas no até então Vale-tudo aconteceu em 1984, quando empatou com Fernando Pinduka, no Maracanãzinho, em um evento promovido por Rickson Gracie. No entanto, foi na década de 1990 que o lutador ganhou notoriedade no cenário internacional, quando se tornou campeão do torneio realizado no UFC 7 ao derrotar Larry Cureton, Remco Pardoel e Paul Varelans, mostrando experiência na luta em pé e no chão. Inclusive, ali nascia uma das célebres frases do “pai do MMA”: “Se você me agarra, eu chuto e soco. Se você chuta e soca, eu te agarro”.

Pupilo de Ruas, Pedro Rizzo, ex-aluno da Ruas Vale Tudo, acredita que a decisão de Dana White e companhia de não colocar o ex-lutador no Hall da Fama é uma espécie de retaliação e mágoa do UFC. O líder da Usina de Campeões relembrou que a organização não reagiu bem quando o brasileiro optou por deixar o Ultimate.

“Marco Ruas não vai ser reconhecido como Hall da Fama do UFC, porque saiu em uma época em que o empresário quis tirá-lo da organização para lutar em outro evento. Eu acho que o UFC não vai reconhecê-lo devido a essa mágoa, por nunca ter sido demitido, mas por ter saido por escolha própria, para buscar outros caminhos. Por isso, eu acredito que ele não vai ser colocado no Hall da Fama, mas ele merece esse reconhecimento”, declarou Rizzo à TATAME.

Alonso vê falta de ‘humildade’ do UFC

O jornalista e comentarista Marcelo Alonso, em entrevista à TATAME, afirmou que o ex-atleta deveria ser mais reconhecido pelo Ultimate por os feitos dentro do esporte: “É uma questão de respeito ao esporte colocar Marco Ruas no seleto grupo dos precursores, assim como Royce Gracie, no entanto, Marco Ruas ainda vem antes da geração do Royce. Ele é a geração que deu origem à geração do Royce, então é uma questão de respeito ao Brasil colocar o Marco Ruas na asa dos precursores (do Hall da Fama do UFC)”, analisou o jornalista.

Para Alonso, o exemplo de Wanderlei Silva, deveria ser aplicado também em Ruas. O “Cachorro Louco” até teve uma passagem pela organização americana, mas foi inserido neste ano ao Hall da Fama graças aos feitos conquistados no Pride.

“O motivo do UFC não reconhecer Marco Ruas como Hall da Fama é que os americanos têm essa arrogância de se sentir o dono de tudo, se dá pela falta de humildade deles de entender o todo. Diferente do posicionamento que tiveram com Sakuraba (Kazushi Sakuraba) e Wanderlei Silva – que foram reconhecidos e introduzidos no Hall da fama”, finalizou.

Aos 63 anos, Marcos Ruas é um dos grandes pioneiros do MMA. O carioca fez seis lutas pelo UFC, onde venceu quatro e perdeu outras duas. Em seu cartel profissional de MMA, foram 15 lutas, onde venceu nove combates e foi derrotado quatro vezes, além de dois empates. Além disso, a lenda recebeu recentemente a graduação de Grão Mestre 9º Dan de Luta Livre.

* Por Damares Farias

“Rei das ruas” é um dos grandes precursores do MMA, além de ser um dos maiores nomes da modalidade no Brasil e no mundo

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