John Textor, do Botafogo, confia em relatórios da ‘Good Game’: ‘Metodologia incrível’

Rio – Acionista majoritário da SAF do Botafogo, John Textor foi nesta quinta-feira (18) ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (STJD), no Centro do Rio, para seu julgamento sobre as falas após a derrota por 4 a 3 para o Palmeiras, válida pelo Brasileirão 2023 – a sessão foi adiada após novo pedido de vista por parte do auditor e vice-presidente Felipe Bevilacqua. Na saída, o empresário falou um pouco sobre suas denúncias de casos de manipulação de resultados no futebol brasileiro.
Textor, nos últimos meses, tem se apegado em relatórios produzidos em cima de situações incomuns nos jogos. Ele, em um primeiro momento, embasou sua denúncia em documentos fornecidos pela empresa “Good Game!”, contratada para analisar todo o cenário de erros de arbitragem – esta, por sua vez, não é considerada uma prova concreta.
“As pessoas minimizaram a Good Game. É uma metodologia incrível que, durante os últimos 10 anos, é a de maior credibilidade no futebol. Eles trabalham para os maiores governadores, eles estão monitorando em tempo real, em companhias, governos, FIFA, UEFA. Eles estão monitorando jogos ao vivo neste momento. Há um olho no céu que vê tudo de normal, então você sabe quando o anormal aparece. Se um árbitro ou um jogador acha que pode se enganar de alguma coisa agora, melhor assistir Exterminador do Futuro, do James Cameron. As máquinas estão levando o mundo”, iniciou Textor. 
O empresário estadunidense entrou em conflito com a CBF ao falar de corrupção após o duelo com o Palmeiras, no dia 1/11, no Estádio Nilton Santos. Na ocasião, John Textor chegou a pedir a renúncia de Ednaldo Rodrigues, presidente da entidade, que o processou por calúnia e difamação. 
A CBF, em março deste ano, divulgou nota após um relatório produzido pela empresa Sportradar, que constatou que nenhuma partida contestada pelo Botafogo foi identificada como suspeita pela empresa. Textor tratou de defender seus recursos com a Good Game e criticar a inteligência utilizada pela Confederação. 
“O Sportradar, uma companhia de jogos, vem e diz que temos dados que as pessoas estão atuando nesses jogos. Tem todas essas ações movendo-se nesta direção. Primeiro que isso é indireto. Isso não investiga o comportamento no campo ou o comportamento do resto. Não chega tão perto. Só diz que, talvez, se a única razão de que as pessoas estão jogando é por apostas, isso indica que a manipulação pode ocorrer. Isso é ridículo”, criticou o dono da SAF do Botafogo, na saída do TJD nesta quinta.
Além do julgamento sobre as falas na partida contra a equipe paulista, que podem causar multa e suspensão de até 360 dias das atividades administrativas do Glorioso, John Textor também será julgado no STJD sobre acusações de possíveis manipulações de resultados no futebol brasileiro. Este ainda não tem data para ser julgado.
CPI das Apostas
Os próximos dias de John Textor no Brasil serão agitados. A CPI das Apostas Esportivas aprovou na quarta-feira (17) o plano de trabalho apresentado pelo relator, senador Romário (PL-RJ). Foram aprovados 32 requerimentos com convites para depoimentos e pedidos de compartilhamento de informação, sendo um dos convites para o empresário dono do Botafogo.
John Textor deve comparecer na segunda (22), às 15h (de Brasília), para prestar depoimento. Segundo o plano do relator, a CPI vai trabalhar com coleta de depoimentos e compartilhamento de provas, buscando identificar as estruturas criminosas por trás da manipulação de resultados.
 

Empresa contratada pelo dono da SAF do Glorioso analisa cenários e aponta situações incomuns que podem indicar manipulações de resultados; estadunidense criticou a Sportsradar, usada pela CBF

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