Entenda a denúncia de corrupção contra Marcos Braz, vice-presidente de futebol do Flamengo

A manhã desta segunda-feira (27) começou agitada nos bastidores do Flamengo. Isto porque o vice-presidente de futebol do clube, e vereador, Marcos Braz, está sendo investigado pela Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) por suspeita de envolvimento em esquema de desvio de verba. Além do dirigente, o ex-jogador do clube e hoje senador, Romário, também está sob investigação.

O que você precisa saber:

Além de vice-presidente de futebol do Flamengo, Marcos Braz também é vereador no Rio de Janeiro
Dirigente está sob investigação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal
O senador e ex-jogador Romário, também está sendo investigado

As denúncias

Segundo as informações do portal ‘Uol’, Marcos Braz (PL) e Romário (PL-RJ) estão sendo investigados por suspeita de estarem envolvidos em esquema para desviar dinheiro que estava destinado a projetos esportivos pela Prefeitura do Rio de Janeiro. Ainda de acordo com a reportagem, o inquérito foi aberto no início deste mês no Supremo Tribunal Federal (STF) após delação premiada. O caso tem o ministro Kassio Nunes Marques como relator e está sob sigilo, mas já foi revelado que apresenta indícios de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Como as investigações começaram

A delação premiada que deu origem ao inquérito foi feita pelo empresário Marcus Vinícius Azevedo da Silva, preso em 2019 justamente sob a acusação de desviar verbas do governo e da Prefeitura do Rio de Janeiro que seriam destinadas a projetos sociais.

Posteriormente, em 2020, o empresário assinou um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR). A fala de Marcus Vinícius ainda está sob sigilo, mas ele responde às acusações em liberdade.

De acordo com Marcus Vinícius, Braz, dirigente do Flamengo, era quem cuidava do recolhimento das verbas desviadas. O esquema, inclusive, teria um envolvimento de uma ONG para favorecer ilicitamente Romário. Os crimes teriam acontecido entre janeiro de 2015 e março de 2016, época que o vice do rubro-negro comandou a secretaria Municipal de Esportes do Rio – cargo que recebeu após indicação de Romário.

Após a delação, o Ministério Público Federal (MPF) solicitou à Prefeitura do Rio de Janeiro informações sobre contratos, totalizando R$ 13 milhões, assinados por Braz com o Centro Brasileiro de Ações Sociais para Cidadania (Cebrac) para a administração de vilas olímpicas, que são áreas destinadas à prática esportiva.

Romário rebate acusações

“A delação do Sr. Marcus Vinícius Azevedo da Silva é baseada em fatos que não condizem com a realidade, tanto é que o STJ anulou na semana passada o recebimento da denúncia fundada na versão dada pelo réu confesso que, para tentar barganhar qualquer benefício com a Justiça, tenta criar fatos que não ocorreram. Matéria pública.

A delação deve sempre ser lastreada em provas que se coadunem com a versão dada pelo colaborador, o que fica nítido não ser o caso específico, que possui narrativa vaga e imprecisa.

O senador Romário não responde pelas ações do secretário no exercício de suas funções. Ele reafirma sua confiança na Justiça e no inquestionável arquivamento da investigação”, disse Romário em nota através de sua assessoria.

Dirigente foi denunciado junto à Romário, ex-jogador e senador da república

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