Daniel Alves revela clube que jogará caso retorne ao futebol brasileiro

Rio – Em entrevista ao jornal britânico “Guardian”, o lateral-direito Daniel Alves, atualmente sem clube, cravou o Athletico-PR como futuro time caso retorne a atuar no Brasil. O jogador da seleção brasileira ainda respondeu sobre assuntos como a Copa do Mundo de 2022, sua saída do Barcelona, e a fala racista do ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet sobre Lewis Hamilton.
Daniel Alves já foi especulado em vários clubes, como o Mallorca-ESP, que ele mesmo negou. O jogador, que não colocou prazo para resolver seu destino, também é interessante para as equipes do Valladolid-ESP e do Athletico-PR. No entanto, ele sabe que precisa estar em um time competitivo para ter chances de ser convocado para a Copa do Mundo de 2022, seu principal objetivo.
“Hoje estou desempregado, mas coisas interessantes surgiram. Estou estudando os lugares, vendo quais têm bons níveis de competitividade. Quero ir para um lugar onde possa vencer. Eu não descarto nada, mas se eu voltar para o Brasil, será para o Athletico-PR”, contou e rebateu críticas sobre amizade com Tite, técnico da Seleção: “Ninguém joga porque é amigo do técnico. É o trabalho dele que está em risco. Tite e eu trabalhamos juntos há anos. É uma relação de confiança e de exigência de performance”.
Hoje com 39 anos, o lateral-direito não renovou contrato com o Barcelona ao final da última temporada e, no momento, está sem clube. Ele voltou à Catalunha na virada de 2021 para 2022 e disputou 17 jogos, sendo 16 como titular, marcou um gol e deu quatro assistências. Daniel elogiou o Barça que encontrou nos últimos meses.
“Eu não saí triste. Fui embora feliz de ter retornado. Sonhei por cinco anos com esse segundo momento. O clube tem pecado nos últimos anos. Mas não estou falando sobre o meu caso porque ele foi diferente. Serei eternamente grato ao Xavi e ao presidente por me trazerem de volta. Mas o clube precisa melhorar o trabalho fora de campo.”, disse.
Daniel Alves ainda comentou a fala racista de Nelson Piquet, que virou alvo de denúncia do Ministério Público, foi banido do paddock de todas as etapas e suspenso do Clube de Pilotos Britânicos após chamar Lewis Hamilson de “neguinho” e proferir ofensas de cunho homofóbico contra o heptacampeão da Fórmula 1 em entrevista concedida no ano passado. 
“Isso me incomodou. Não só pelo fato em si. Não vou me aprofundar muito nisso porque empurrar bêbado morro abaixo é fácil. Não é apenas por causa da declaração (de Piquet). É por tudo que está acontecendo. O que aconteceu é o extremo. Se o maior vencedor da Fórmula 1 é atacado, desprezado, excluído, imagine quem está lá embaixo na sociedade?” declarou o lateral, que já foi vítima de ações racistas, e completou:
“(Hamilton) é um cara que pode transformar e precisa seguir lutando. Nós temos uma missão e ninguém vai nos abalar”, concluiu.

Lateral-direito ainda comentou sobre a Copa do Mundo de 2022, saída do Barcelona e a fala racista de Piquet contra Hamilton

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