Leclerc faz melhor tempo no primeiro dia de treinos para o GP do Azerbaijão
O monegasco Charles Leclerc desbancou os carros da Red Bull nesta sexta-feira e cravou o melhor tempo do dia no GP do Azerbaijão de Fórmula 1. No segundo treino livre, o piloto da Ferrari baixou em mais de dois segundos a melhor marca da primeira sessão e não deu chances para os rivais no veloz circuito de rua da capital Baku.
Leclerc anotou o tempo de 1min43s224, contra 1min45s476 do mexicano Sergio Pérez. O piloto da Red Bull, que venceu o GP do Azerbaijão no ano passado e vem de vitória em Mônaco, havia liderado a primeira sessão do dia. No segundo treino, ele marcou 1min43s472 e só ficou atrás do rival da Ferrari.
Atual campeão mundial, Max Verstappen foi novamente o terceiro mais rápido da sessão, com 1min43s580 – ele também baixou em quase dois segundos o tempo do início do dia: 1min45s810. Atrás do holandês veio o espanhol Fernando Alonso, destacando-se mais uma vez, como havia feito no início do dia, quando cravou a maior velocidade da sessão, com 314 km/h. Desta vez, Alonso anotou o quarto tempo, com 1min44s142.
Com dificuldades de acompanhar o companheiro de equipe Leclerc, o espanhol Carlos Sainz Jr. obteve o quinto tempo do segundo treino livre e do dia, com 1min44s274. A segunda metade do Top 10 teve o francês Pierre Gasly (1min44s315), da AlphaTauri; o inglês George Russell (1min44s548), da Mercedes; o japonês Yuko Tsunoda (1min44s567, da AlphaTauri; o francês Esteban Ocon (1min44s609), da Alpine; e o inglês Lando Norris (1min44s771), da McLaren.
Como aconteceu no primeiro treino, o segundo foi marcado pelas dificuldades do piloto diante do “porpoising”, o efeito de quique do carro sobre a pista, como se fizesse movimento de “golfinhada” no asfalto. Isso é resultado das fortes mudanças estruturais pelas quais passaram os carros desta temporada. Com o maior ganho de pressão aerodinâmica, os modelos começara a sofrer com o “porpoising”, o que causa preocupação em pilotos e equipes desde os testes da pré-temporada.
No Azerbaijão, contudo, o efeito tem sido mais intenso por causa das características do traçado, de maior velocidade. A segunda maior pista em extensão do campeonato, com 6,3 km, tem também a reta mais longa (ainda que conte com trechos mais sinuosos) da temporada, de 2 km, entre as curvas 16 e 1.
Toda essa velocidade intensifica o “porpoising” e ameaça até o uso das asas móveis, na traseira do carro. Quem mais sofreu com este efeito nas asas foi Verstappen. Em uma de suas voltas no início do dia, a asa parecia prestes a se desprender da sua Red Bull. Assim como outros pilotos, o holandês reclamou das dificuldades de pilotar na pista.
Uma das equipes que mais sofre com o esse efeito desde o começo do campeonato é a Mercedes. Nesta sexta, Lewis Hamilton chegou a acompanhar os rivais ao obter o sexto tempo no primeiro treino livre. Mas esteve longe deles na segunda sessão, ao registrar apenas o 12º melhor tempo, com 1min44s874.
Os pilotos voltam ao traçado de rua de Baku às 8 horas (de Brasília) de sábado para o terceiro treino livre. A classificação, que define o grid de largada, será às 11h. E, no domingo, a corrida está agendada para as 8h.
Piloto da Ferrari supera tempo de Sergio Perez, da Red Bull,, que foi o mais rápido de manhã