Tite reclama de falta dura em Neymar e vê lista aberta em convocação da seleção brasileira
“Não imaginava que tivesse essa situação. Apesar de sabermos e procuramos fazer dois amistosos com equipes que estavam dentro do Mundial porque o grau de exigência é muito alto. Físico, técnico, tático e mental. A Tunísia estava com sete jogos de invencibilidade dentro do seu patamar. Espírito competitivo não te permite jogar um amistoso que não tenha embate, inclusive emocional. A gente queria preparar, ia correr esse risco. Mas é o que decidimos”, completou.
Esse foi o 50º jogo do Brasil sob o comando de Tite no ciclo para a Copa do Catar. Neste período, foram 37 vitórias, dez empates e três derrotas, com 111 gols marcados e apenas 19 sofridos. Durante os últimos quatro anos, o treinador chamou 87 diferentes jogadores. A lista final de 26 jogadores será divulgada no dia 7 de novembro, enquanto em 21 de outubro uma lista de 55 atletas será entregue à Fifa.
“Já tenho personagens na minha sala. Tem hora que tampa o olho, o ouvido e a boca. Vamos acompanhar bastante, nessa relação de 55 nomes já coloquei meu voto de abrir isso. É uma forma de reconhecimento a uma série de atletas importantes que podem não estar presentes na Copa, mas estão fazendo grandes trabalhos. Também abaixar a adrenalina agora, fazer uma reunião de todos esses momentos, etapas e trabalhos que fizemos nas Datas Fifa, o acompanhamento dos atletas e aí é a reunião que falamos e defendemos as ideias. A lista de 55 não está fechada, palavra de honra. Esses dois jogos são referências de treinos e de jogos importantes.”
Neymar voltou a ser destaque na vitória brasileira e vive uma das melhores fases desde que chegou à Europa. Tite voltou a exaltar o camisa 10.
“O Neymar se preparou muito bem na consciência dele profissional. Ele tem que ser elogiado por isso. Segundo do Ricardo Rosa, que é seu preparador físico particular e que deu todo o suporte. O terceiro é o PSG, que trouxe a ele todo o suporte e continuidade de evolução. Nós, enquanto Seleção, ficamos felizes porque em um momento somos beneficiados em função desse processo e desse nível que ele está. Ficamos acompanhando dentro dos nossos jogos toda melhora que ele tem. Se preparar e continuar se preparando, é o que diz o livro do Kobe Bryant, que foi colocada a ideia da conexão que tentamos colocar com os mais jovens. O Kobe fala isso.”
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TITE ATÉ A CONVOCAÇÃO FINAL
“Acompanhamento total dos atletas. Essa foi a mensagem que nós colocamos. Em todos os aspectos físico, médico. Acompanhando tecnicamente na melhor condição para dar o respaldo. Taticamente não porque não me dou essa condição. Essa é uma atribuição do técnico do clube. E ficar com a minha família o máximo de tempo possível. Tem uma atividade comercial que já foi feita antes minha e não quero nem chegar perto agora. Quero ficar com a família e focar no trabalho.”
LIÇÕES DE 2018 PARA 2022
“É injusto fazer essa comparação comigo mesmo. As experiências são muito mais da prática do que da teoria. O tempo que estamos juntos vai proporcionando todo o desenvolvimento do trabalho. Antes foi um processo de recuperação e agora de construção. Nisso está uma pilastra muito forte: nas relações humanas, pessoais, confiança de comissão técnica e atletas. Essa é bem marcante.”
VAIAS AO HINO
“Tu me observou durante o hino? Então vou falar o momento. Quando me vê fazendo assim (fazendo um negativo com a cabeça)… É uma falta de respeito.”
Treinador gostou das atuações do Brasil nos dois últimos amistosos antes da Copa