Raphael Nunes vive expectativa por volta aos gramados, após câncer no testículo
EMANUEL MARTINS: Jogador das categorias da base do Flamengo, o goleiro Raphael Nunes, de apenas 18 anos, concedeu entrevista para os jornalistas Alexandre Araújo e Luiza Sá do ‘UOL Esporte’, falando sobre como tem sido a retomada da sua carreira no futebol, após vencer o câncer no testículo, o que o afastou dos gramados por um longo tempo. O arqueiro vive a expectativa de voltar a jogar e revela que temeu pela continuidade da sua carreira.
Você precisa saber:
Raphael Nunes vive expectativa por volta aos gramados, após câncer no testículo
Goleiro do Flamengo concedeu entrevista ao ‘UOL Esporte’ e revela que temeu pela continuidade da sua carreira
O atleta voltou a ser relacionado pelo Flamengo, no confronto contra o Bangu
Raphael Nunes vive expectativa por volta aos gramados, após câncer no testículo
“Foram oito meses parado. Então, voltar a treinar já deu um gostinho, mas o gosto melhor é o do jogo. Estou muito feliz e ansioso para esse momento, que vai chegar, se Deus quiser. Estou preparado”.
No último sábado (06), Raphael Nunes voltou a ser relacionado, para o jogo da Taça Guanabara sub-20, contra o Bangu. O atleta falou sobre os seus sonhos dentro do futebol.
“No momento sonho com o dia de amanhã. Acordar, estar bem e ter saúde. A longo prazo me tornar jogador profissional, ser bem sucedido e ajudar minha família a não passar mais por dificuldades”.
O câncer no testículo
“Para ser bem sincero, naquela hora, a ficha não caiu. Fui pego desprevenido. Foi em um momento em que eu estava treinando, e uma semana depois descobri. Fiquei sem reação, e depois de um tempo eu fui me acalmando. Mas eu tinha muita fé que aquilo iria passar. Foi um momento de tristeza, mas, ao mesmo tempo, sabendo que ia dar certo”.
“Em um momento eu cheguei a pensar: ‘Será que eu vou conseguir voltar a ser como eu era antes?’. Porque eu estava muito diferente, o remédio é muito forte, me tombou. E meu corpo mudou muito. Eu não estava conseguindo respirar direito, meu pulmão estava bem fechado”.
Retorno aos treinos em abril
“Graças a Deus, voltei. Lutei muito. Tive uma semana de reabilitação para voltar ao ritmo e, depois de um mês, estava acompanhando os meninos no treino”.
Apoio da família
“Desde que eu era moleque, me mandavam mensagem antes dos treinamentos: ‘Vai e voa igual uma águia’, porque a águia é um animal soberano, consegue voar mais alto e ver tudo”.
Fé do goleiro
“Minha família é toda evangélica. A fé é algo que sempre esteve em nossos corações. Tenho certeza que se não fosse Deus e a fé, eu acho que eu não passaria por isso”.
A notícia da recuperação
“Alívio! Alívio total e a esperança de que poderia voltar a ter a vida que eu tinha. [O tratamento] Foi um momento muito, muito difícil, muito delicado”.
“Amadureci muito. Aprendi a valorizar o tempo que tenho com a minha família, amigos, tempo de treino. Hoje é motivo de comemorar todos os dias e agradecer a minha vida”.
Flamengo
O Flamengo me deu suporte 100%, desde a primeira notícia até o final. Pagaram cirurgia, tratamento, me deram apoio psicológico e financeiro. Sempre estiveram junto comigo. Sou grato demais porque, se não fosse isso, com certeza teria muita dificuldade nesse período.
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