Ramón Díaz pode desfalcar Vasco em 10 jogos após declaração machista contra árbitra
Treinador argentino corre risco de ser punido
Situação lamentável
Depois de começar o Campeonato Brasileiro com o pé direito, o Vasco não conseguiu engrenar uma sequência de vitórias no torneio. A equipe Cruzmaltina acabou superado pelo Red Bull Bragantino por 2 a 1 no Nabizão e perdeu uma chance de ficar cada vez mais perto do topo da tabela. Além do resultado negativo, um fato acabou gerando polêmica e não foi dentro das quatro linhas.
Isso porque Ramón Díaz, técnico do Gigante da Colina proferiu uma declaração machista que contém a seguinte frase: “É complicado que quem decida no VAR seja uma mulher”. As palavras repercutiram negativamente e podem render uma punição para o argentino em partidas do Campeonato Brasileiro.
Segundo a advogada especialista em direito desportivo, presidente do TJD do futebol do RJ; vice presidente do futsal do RJ e presidente da comissão de direito desportivo da OAB/RJ, Renata Mansur, o argentino corre o risco de ser enquadrado no Artigo 243G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que prevê uma pena para ato discriminatório em razão de sexo, e ser punido com até dez partidas longe dos gramados.
Punição severa na competição nacional
Além disso, as falas podem ser enquadradas no capítulo que prevê as infrações contra a ética desportiva e podem ser punidas tanto dentro quanto fora de campo. Frisando que a situação é semelhante a de John Textor, dono da SAF do Botafogo,que foi denunciado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por ter feito acusações de manipulação nos jogos do Brasileiro de 2023, após o fim do torneio, sem trazer à tona provas, assim, foi punido fora de campo.
O Artigo 243G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) afirma que “Praticar ato discriminatório, desdenhoso, ultrajante, relacionado a preconceito com origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa, ou portadora de deficiência poderá levar a punição de cinco a dez jogos”, no caso do praticante ser um treinador ou jogador. E o pagamento de uma multa que gira em torno dos R$ 100 a R$ 100 mil. Contudo, a denúncia depende da procuradoria do STJD.
As críticas do treinador foram dirigidas a Daiane Muniz, responsável pelo VAR, na partida entre o Cruz-Maltino e o Grêmio, no último domingo (14). A árbitra recomendou a revisão de uma penalidade assinalada em favor do clube carioca, que acabou sendo anulada.
Declaração do treinador do Vasco
“Com respeito aos árbitros, não podemos falar muito. Na última partida, o VAR foi uma senhorita, uma mulher, e foi pênalti. Me parece complicado que o VAR quem tenha que decidir seja uma mulher. Porque o futebol é tão dinâmico, com ações tão rápidas. Hoje não sei se o árbitro também não viu o lance, que me pareceu pênalti. O Vasco está crescendo, competimos”, afirmou.
Sabendo da situação em questão, o Vasco fez questão de lamentar a declaração machista do seu comandante e em nota oficial enfatizou os valores e princípios que fazem parte da história da instituição. “O Vasco da Gama lamenta a declaração do técnico Ramón Díaz e reafirma o compromisso de reforçar as medidas e diretrizes educativas necessárias em acordo com suas determinações, valores e princípios. Pedimos, assim como nosso técnico, desculpas”, publicou.
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Situação lamentável
Depois de começar o Campeonato Brasileiro com o pé direito, o Vasco não conseguiu engrenar uma sequência de vitórias no torneio. A equipe Cruzmaltina acabou superado pelo Red Bull Bragantino por 2 a 1 no Nabizão e perdeu uma chance de ficar cada vez mais perto do topo da tabela. Além do resultado negativo, um fato acabou gerando polêmica e não foi dentro das quatro linhas.
Isso porque Ramón Díaz, técnico do Gigante da Colina proferiu uma declaração machista que contém a seguinte frase: “É complicado que quem decida no VAR seja uma mulher”. As palavras repercutiram negativamente e podem render uma punição para o argentino em partidas do Campeonato Brasileiro.
Segundo a advogada especialista em direito desportivo, presidente do TJD do futebol do RJ; vice presidente do futsal do RJ e presidente da comissão de direito desportivo da OAB/RJ, Renata Mansur, o argentino corre o risco de ser enquadrado no Artigo 243G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que prevê uma pena para ato discriminatório em razão de sexo, e ser punido com até dez partidas longe dos gramados.
Punição severa na competição nacional
Além disso, as falas podem ser enquadradas no capítulo que prevê as infrações contra a ética desportiva e podem ser punidas tanto dentro quanto fora de campo. Frisando que a situação é semelhante a de John Textor, dono da SAF do Botafogo,que foi denunciado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por ter feito acusações de manipulação nos jogos do Brasileiro de 2023, após o fim do torneio, sem trazer à tona provas, assim, foi punido fora de campo.
O Artigo 243G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) afirma que “Praticar ato discriminatório, desdenhoso, ultrajante, relacionado a preconceito com origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa, ou portadora de deficiência poderá levar a punição de cinco a dez jogos”, no caso do praticante ser um treinador ou jogador. E o pagamento de uma multa que gira em torno dos R$ 100 a R$ 100 mil. Contudo, a denúncia depende da procuradoria do STJD.
Leia mais: Lúcio Barbosa se manifestou após Pedrinho notificar a SAF do Vasco na Justiça: “fazendo o papel dele”
As críticas do treinador foram dirigidas a Daiane Muniz, responsável pelo VAR, na partida entre o Cruz-Maltino e o Grêmio, no último domingo (14). A árbitra recomendou a revisão de uma penalidade assinalada em favor do clube carioca, que acabou sendo anulada.
Declaração do treinador do Vasco
“Com respeito aos árbitros, não podemos falar muito. Na última partida, o VAR foi uma senhorita, uma mulher, e foi pênalti. Me parece complicado que o VAR quem tenha que decidir seja uma mulher. Porque o futebol é tão dinâmico, com ações tão rápidas. Hoje não sei se o árbitro também não viu o lance, que me pareceu pênalti. O Vasco está crescendo, competimos”, afirmou.
Sabendo da situação em questão, o Vasco fez questão de lamentar a declaração machista do seu comandante e em nota oficial enfatizou os valores e princípios que fazem parte da história da instituição. “O Vasco da Gama lamenta a declaração do técnico Ramón Díaz e reafirma o compromisso de reforçar as medidas e diretrizes educativas necessárias em acordo com suas determinações, valores e princípios. Pedimos, assim como nosso técnico, desculpas”, publicou.”}]]