Procuradoria do STJD quer aumentar a punição de Textor, diante polêmica no Botafogo
A polêmica partida entre Botafogo e Palmeiras, válida pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2023, voltou a ser assunto no STJD
A polêmica retorna ao STJD
A polêmica partida entre Botafogo e Palmeiras, válida pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2023, voltou a ser assunto no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
A Procuradoria do STJD recorreu da decisão da 5ª Comissão Disciplinar que puniu John Textor, proprietário da SAF Alvinegra. Além disso, a denúncia pede um novo julgamento para o clube e para Adryelson, que foi vendido ao Lyon.
Durante a partida, realizada em 1º de novembro, Textor expressou sua insatisfação com a CBF e a arbitragem, que resultou em uma virada de 4 a 3 para o Palmeiras. Na primeira instância, Textor foi absolvido na denúncia pelo artigo 258-B – que trata de invasão de campo – e enquadrado no artigo 258, que trata de “assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva”.
João Marcos Guimarães Siqueira, subprocurador geral do STJD, defende que Textor seja punido pela invasão de campo, retornando a denúncia ao artigo 258-B. Ele também argumenta que a multa e a suspensão para Textor devem ser maiores do que as do primeiro julgamento.
“Elevada gravidade”
Na primeira instância, Textor recebeu uma suspensão de 35 dias e uma multa de R$ 25 mil, já descontando os 28 dias cumpridos na suspensão preventiva. O clube conseguiu efeito suspensivo, que também serviu para suspender a multa pecuniária.
A Procuradoria entende que as declarações de Textor colocaram uma “mácula no campeonato”, o que justifica o recurso. Devido à “elevada gravidade” das falas contra a CBF e o presidente Ednaldo Rodrigues, foi protocolado o pedido de aumento do tempo de suspensão e do valor da multa.
O protocolo diz: “a) Ser reformada a decisão que desclassificou a denúncia do artigo 258-B para o 258 do CBJD, devendo ser o denunciado apenado pela invasão, conforme originariamente capitulado pela Procuradoria em sua denúncia; b) Ser majorada tanto a multa quanto a suspensão aplicada ao Recorrido, ante a gravidade das alegações do denunciado, mantendo-se a capitulação no artigo 243-F do CBJD.”
Na primeira decisão, o Botafogo foi multado em R$ 5 mil por objetos arremessados no gramado, e também há um pedido do subprocurador pelo aumento da multa. O recurso cita o alto valor de renda de uma partida do Alvinegro, com arrecadação de R$ 1.272.900, para justificar o aumento da pena.
Virada histórica e polêmica
Absolvido no julgamento na 5ª Comissão Disciplinar, Adryelson, que não joga mais no Botafogo, também foi novamente denunciado. Para o subprocurador, Adryelson deve ser condenado no artigo 250 I, que trata de “impedir de qualquer forma, em contrariedade às regras de disputa do jogo, uma oportunidade clara de gol, pontuação ou equivalente”.
O protocolo diz: “Portanto, considerando o desequilíbrio entre a pena aplicada e a própria arrecadação da partida, espera e confia a Procuradoria no provimento do seu recurso, a fim de que seja majorada a pena pecuniária imposta pela Comissão disciplinar.”
Em novembro de 2023, Botafogo e Palmeiras se enfrentaram pelo Campeonato Brasileiro em uma “decisão antecipada” na briga pelo título. Depois de abrir 3 a 0, o Alvinegro cedeu a virada, teve o zagueiro Adryelson expulso e somou confusões ao término da partida.
Relembrando o que aconteceu, Textor acusou a CBF de corrupção e pediu a renúncia de Ednaldo Rodrigues, presidente da entidade. O dono da SAF alvinegra entendeu que a sua equipe foi “roubada” pela arbitragem de Braulio da Silva Machado, que expulsou o zagueiro.
Na época, Textor disse: “O mundo todo viu, isso não é cartão vermelho. Ele (Adryelson) pegou a bola primeiro. Não tenho certeza nem se foi falta. Mas não é cartão vermelho, ele mudou o jogo. Isso é corrupção, isso é roubo. Por favor, me multa, Ednaldo, mas você precisa renunciar amanhã de manhã. É isso que precisa acontecer. Esse campeonato se tornou uma piada. Ninguém merece isso, esses jogadores do Palmeiras não querem ganhar desse jeito, nós não queremos perder desse jeito. São cinco jogos seguidos. Senhores, vocês jogaram um bom jogo, não é culpa de vocês, mas isso é corrupção.”
O que dizem os torcedores
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A polêmica retorna ao STJD
A polêmica partida entre Botafogo e Palmeiras, válida pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2023, voltou a ser assunto no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
A Procuradoria do STJD recorreu da decisão da 5ª Comissão Disciplinar que puniu John Textor, proprietário da SAF Alvinegra. Além disso, a denúncia pede um novo julgamento para o clube e para Adryelson, que foi vendido ao Lyon.
Durante a partida, realizada em 1º de novembro, Textor expressou sua insatisfação com a CBF e a arbitragem, que resultou em uma virada de 4 a 3 para o Palmeiras. Na primeira instância, Textor foi absolvido na denúncia pelo artigo 258-B – que trata de invasão de campo – e enquadrado no artigo 258, que trata de “assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva”.
João Marcos Guimarães Siqueira, subprocurador geral do STJD, defende que Textor seja punido pela invasão de campo, retornando a denúncia ao artigo 258-B. Ele também argumenta que a multa e a suspensão para Textor devem ser maiores do que as do primeiro julgamento.
“Elevada gravidade”
Na primeira instância, Textor recebeu uma suspensão de 35 dias e uma multa de R$ 25 mil, já descontando os 28 dias cumpridos na suspensão preventiva. O clube conseguiu efeito suspensivo, que também serviu para suspender a multa pecuniária.
A Procuradoria entende que as declarações de Textor colocaram uma “mácula no campeonato”, o que justifica o recurso. Devido à “elevada gravidade” das falas contra a CBF e o presidente Ednaldo Rodrigues, foi protocolado o pedido de aumento do tempo de suspensão e do valor da multa.
O protocolo diz: “a) Ser reformada a decisão que desclassificou a denúncia do artigo 258-B para o 258 do CBJD, devendo ser o denunciado apenado pela invasão, conforme originariamente capitulado pela Procuradoria em sua denúncia; b) Ser majorada tanto a multa quanto a suspensão aplicada ao Recorrido, ante a gravidade das alegações do denunciado, mantendo-se a capitulação no artigo 243-F do CBJD.”
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Na primeira decisão, o Botafogo foi multado em R$ 5 mil por objetos arremessados no gramado, e também há um pedido do subprocurador pelo aumento da multa. O recurso cita o alto valor de renda de uma partida do Alvinegro, com arrecadação de R$ 1.272.900, para justificar o aumento da pena.
Virada histórica e polêmica
Absolvido no julgamento na 5ª Comissão Disciplinar, Adryelson, que não joga mais no Botafogo, também foi novamente denunciado. Para o subprocurador, Adryelson deve ser condenado no artigo 250 I, que trata de “impedir de qualquer forma, em contrariedade às regras de disputa do jogo, uma oportunidade clara de gol, pontuação ou equivalente”.
O protocolo diz: “Portanto, considerando o desequilíbrio entre a pena aplicada e a própria arrecadação da partida, espera e confia a Procuradoria no provimento do seu recurso, a fim de que seja majorada a pena pecuniária imposta pela Comissão disciplinar.”
Em novembro de 2023, Botafogo e Palmeiras se enfrentaram pelo Campeonato Brasileiro em uma “decisão antecipada” na briga pelo título. Depois de abrir 3 a 0, o Alvinegro cedeu a virada, teve o zagueiro Adryelson expulso e somou confusões ao término da partida.
Relembrando o que aconteceu, Textor acusou a CBF de corrupção e pediu a renúncia de Ednaldo Rodrigues, presidente da entidade. O dono da SAF alvinegra entendeu que a sua equipe foi “roubada” pela arbitragem de Braulio da Silva Machado, que expulsou o zagueiro.
Na época, Textor disse: “O mundo todo viu, isso não é cartão vermelho. Ele (Adryelson) pegou a bola primeiro. Não tenho certeza nem se foi falta. Mas não é cartão vermelho, ele mudou o jogo. Isso é corrupção, isso é roubo. Por favor, me multa, Ednaldo, mas você precisa renunciar amanhã de manhã. É isso que precisa acontecer. Esse campeonato se tornou uma piada. Ninguém merece isso, esses jogadores do Palmeiras não querem ganhar desse jeito, nós não queremos perder desse jeito. São cinco jogos seguidos. Senhores, vocês jogaram um bom jogo, não é culpa de vocês, mas isso é corrupção.”
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