MP de Madri abre investigação sobre caso de racismo contra Vinícius Júnior
No processo aberto nesta sexta, o MP madrilenho pede que a polícia apure os vídeos e identifique pessoas para saber se os envolvidos possuem relação com grupos violentos ou movimentos de ideologia extremista. Também procuram descobrir se os autores dos insultos já foram flagrados em outras ocasiões similares.
A investigação também mira possíveis episódios racistas ocorridos dentro do estádio, durante a partida, e pede a colaboração do serviço de segurança particular do Atlético de Madrid. Segundo o órgão, as medidas foram tomadas para “elucidar se foi cometido delito relativo ao exercício dos direitos fundamentais e liberdades públicas”, após denúncia da ONG Movimento contra a Intolerância.
Na quinta-feira, a diretoria do Atlético de Madrid informou que suspendeu três sócios identificados como autores de ataques racistas contra Vinir Jr. e prometeu que a punição rigorosa atingirá mais criminosos. Aproximadamente 500 torcedores estão sendo investigados pelas autoridades espanholas, com ampla colaboração do clube.
O CASO
Tudo começou após Koke, volante do Atlético, dizer que se o brasileiro dançasse em comemoração de gol haveria confusão no jogo. Depois, um programa de esportes espanhol chamado El Chiringuito esquentou ainda mais o dérbi. Na transmissão, o empresário de jogadores Pedro Bravo reprovou as comemorações do atacante merengue dizendo que ele não deveria “fazer macaquices”
Então, no dia da partida, um registro em vídeo feito pela Rádio Cadena Cope antes do dérbi mostrou um grande grupo de torcedores do Atlético de Madrid entoando o canto “É um macaco, Vinicius é um macaco”. Além disso, um torcedor rival foi visto com um boneco estereotipando o jogador.
Atacante foi chamado de macaco em cânticos entoados por torcedores colchoneros nos arredores do Estádio Metropolitano