Medalhista olímpica denuncia racismo: ‘Tinham quatro táxis e nenhum me levou’

Rio – Medalha de prata na Olimpíada de Atlanta, em 1996, e bronze em Sidney, em 2000, a ex-jogadora de basquete Alessandra denunciou ter sofrido racismo em São Paulo neste sábado. O caso aconteceu quando ela tentava pegar um táxi.
“Tinham quatro táxis, pergunta se alguém quis me levar. Pergunta se alguém quis me levar, pergunta. Sabe qual o problema do Brasil? São os brasileiros. Preconceituosos, não sabem o que você está fazendo, te julgam pela roupa que você está e pela sua cor de pele, infelizmente. Eu sofro mais racismo aqui no Brasil do que na Europa. Todo mundo fala da Ucrânia, fala da Rússia, fala não sei da onde, mas você está aqui em São Paulo do lado da estação de Metrô e você tem que falar sobre isso em 2022”, disse a ex-atleta em live no Instagram.
“Tinham quatro táxis, nenhum me levou, todos fizeram de conta que eu não existia. Eu tenho 2m, pessoal, eu entrei dentro de um táxi e o cara me fez sair de dentro de um táxi. Eu estou cansada de tanta falta de empatia (…) As pessoas não respeitam. Depois falam que o Brasil é um país acolhedor, acolhedor aonde? Eu não entendo”, completou.
Além de medalhista olímpica, Alessandra também foi campeã mundial na Austrália, em 1994. A ex-pivô, hoje com 48 anos, está aposentada desde 2014.

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