Landim revela planos e garante construção de estádio do Flamengo: ‘Sai com ou sem SAF’
Rio – O Flamengo vai ter um estádio próprio. Em entrevista à Rádio CBN, neste domingo (31), o presidente Rodolfo Landim garantiu que a construção da arena no terreno do Gasômetro, na região central do Rio de Janeiro, vai acontecer “com ou sem SAF”. O mandatário revelou que a diretoria está avaliando a melhor forma de avançar com o projeto.
“O estádio sai com ou sem SAF. A discussão que a gente vai ter é: qual a forma de fazer isso mantendo o controle da associação desportiva sobre o futebol? Não existe a menor razão para, qualquer que seja o projeto, que o Clube de Regatas do Flamengo com seus sócios não venha a ser o controlador do seu futebol”, disse Rodolfo Landim.
“As pessoas imaginam uma SAF do Botafogo ou Vasco. Isso não existe. O que existe é um modelo que a gente já foi estudar, e teria que ser discutido com os sócios do Flamengo se eles entenderem que esse é o caminho: o modelo do Bayern de Munique, que vendeu 25% do clube. Através desse mecanismo conseguiu recurso para construir um estádio”, completou.
Landim fez críticas ao modelo adotado pelo Palmeiras para a construção do Allianz Parque, em parceria com a WTorre. A empresa é a parceira do Vasco na disputa pela licitação do Maracanã e também tem projeto para reformar a Vila Belmiro junto com o Santos. O presidente do Flamengo, no entanto, acredita que o Rubro-Negro pode seguir um caminho diferente.
“As pessoas me perguntam muito o seguinte: mas por que não fazer uma sociedade de propósito específico para o estádio? A resposta que dou é: esse o modelo que o Palmeiras fez, e a gente vê o que está acontecendo lá. No dia seguinte, o cara que é o teu sócio já está brigando com você porque vai querer aumentar a receita do estádio, diminuindo a receita do clube. Esse modelo acho ruim”, explicou.
Landim explicou a escolha pelo terreno do Gasômetro para a construção do estádio próprio do Flamengo. Para o presidente, o terreno na região central do Rio de Janeiro é perfeito em termos de mobilidade e fez uma comparação com o próprio Maracanã. Além disso, ele ressaltou que uma arena pode melhorar a região, que recentemente ganhou um novo terminal ao lado da rodoviária.
“O desafio do estádio é ter acesso a um bom terreno. É fundamental ter um local onde tenha mobilidade da população para chegar. Com a construção do Terminal Gentileza em frente, fica com terminal de BRT, de VLT, uma rodoviária em frente e, mesmo para quem vai de trem ou metrô, fica uma distância de 1 km e pouco da estação Cidade Nova. Ou seja, para local de transporte de massa, é perfeito para se colocar um estádio”, afirmou.
Por fim, Landim explicou o motivo de disputar a licitação do Maracanã mesmo com o projeto da construção do estádio próprio do Flamengo perto de sair do papel.
“Mesmo que a gente tenha acesso a esse terreno, se nós formos cuidar de todo trabalho de licenciamento, das discussões que teremos que ter junto à prefeitura com relação à mobilidade das pessoas, às diversas aprovações que teremos, e o tempo de construção de um estádio como esse, é um projeto para cinco anos pelo menos. O Flamengo está no processo de licitação do Maracanã por 20 anos, mas você não tem uma solução de curto prazo diferente do Maracanã”, finalizou.
Presidente avalia melhor cenário para obra no terreno do Gasômetro