John Textor é excluído da gestão da Eagle, dona do Botafogo, e está sob investigação
John Textor na Eagle Football Holding está sendo investigada após má administração e falta de transparência
Textor sob investigação na Eagle
A gestão de John Textor na Eagle Football Holding, dona do Botafogo, está sob investigação e, segundo apuração do jornalista Rodrigo Mattos, o empresário norte-americano foi formalmente excluído da administração da holding que controla o clube carioca. Embora continue sendo o sócio majoritário, com poder sobre operações como a do próprio Alvinegro, ele já não tem mais voz no controle corporativo da empresa.
Segundo Mattos, a Ares e a Iconic Sports, dois dos principais investidores da holding, assumiram o comando da Eagle, junto com outros sócios. O grupo já investiu cerca de R$ 600 milhões, entre aportes e empréstimos. De acordo com o jornalista, “Formalmente, Textor continua a ser o acionista majoritário da Eagle Holding, com sede no Reino Unido. Mas, pelos seus problemas financeiros, os investidores expressaram preocupação com a situação, e o empresário norte-americano aceitou se retirar da Eagle em abril em um acordo, segundo o blog apurou com fontes com conhecimento dos negócios. Atualmente, o Conselho da empresa é formado por representantes de outros sócios.”
Auditória interna
Com o afastamento, iniciou-se uma auditoria interna na Eagle e nas operações dos clubes ligados ao grupo. Mattos revelou que foram descobertos problemas graves: “Foram encontrados diversos casos de má gestão e falta de transparência, tanto na Holding quanto nos clubes.” No caso da Eagle Holding, chamou atenção o fato de que as contas da empresa jamais foram apresentadas no Reino Unido, mesmo um ano e meio após o prazo, o que a coloca sob risco de extinção.
Sobre os clubes, os investidores encontraram irregularidades que envolvem comprometimento de receitas futuras, principalmente de direitos de televisão. Além disso, está em curso uma apuração sobre transações de jogadores que teriam envolvido cessões repetidas das mesmas receitas: “E ainda investigamos como transações de jogadores, inclusive com cessão de receitas deste tipo de transação feita mais de uma vez em alguns casos.”
No Lyon, onde a situação é ainda mais grave, Textor foi obrigado a deixar o comando após pressão do DNGC, órgão regulador francês. “A caixa preta no Lyon já foi aberta. Com a pressão do DNGC, o órgão regulador da França, o Textor teve de se afastar, e os sócios assumiram a gestão para salvar o clube do rebaixamento. Os planos financeiros do norte-americano foram oferecidos sem contrapartida na França.” Ainda de acordo com Mattos, Ares, Iconic e acionistas como Michele Kang investiram mais de 89 milhões de euros para manter o clube em pé. “Textor foi o único acionista que não contribuiu.”
Situação no Botafogo
O jornalista destaca que, mesmo afastado, John Textor ainda conta com o apoio da associação do Botafogo, da torcida e de executivos da SAF. E, segundo ele, o empresário ainda tenta articular sua permanência no futebol europeu. “Pela apuração do UOL, o norte-americano ainda aposta em uma negociação para comprar o clube. E se aproxima de Grego Evangelos Marinakis, dono de um grupo de clubes como o Nottigham Forest, para levantar recursos.”
Publicamente, Textor reagiu às críticas e defendeu o desempenho da operação do Botafogo dentro do grupo. “Vou falar claramente para todos aqui. O Botafogo está gerando uma quantia significativa de dinheiro e está financiando várias perdas operacionais do Lyon. Essas coisas absurdas que você lê na França, dizendo que o Lyon pagou pelos títulos do Botafogo, são erradas.”

“Geramos dinheiro com premiações, vendas de jogadores e porque gerimos um bom negócio. O Botafogo financiou a Europa, e não o contrário. Estou dizendo isso em on. Somos uma auditada por uma empresa top, feita tudo isso como preparado para os planos de IPO que temos, não há debate sobre isso. Se tivéssemos problemas de fluxo de dinheiro… Não vamos falar nem hipoteticamente.”
Enquanto isso, na Justiça dos EUA, Textor perdeu a primeira batalha contra a Iconic Sports, que tenta tomar controle definitivo da holding. A tentativa de barrar a movimentação judicial dos investidores foi rejeitada, e a disputa agora caminha para a Justiça do Reino Unido.
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Textor sob investigação na Eagle
A gestão de John Textor na Eagle Football Holding, dona do Botafogo, está sob investigação e, segundo apuração do jornalista Rodrigo Mattos, o empresário norte-americano foi formalmente excluído da administração da holding que controla o clube carioca. Embora continue sendo o sócio majoritário, com poder sobre operações como a do próprio Alvinegro, ele já não tem mais voz no controle corporativo da empresa.
Segundo Mattos, a Ares e a Iconic Sports, dois dos principais investidores da holding, assumiram o comando da Eagle, junto com outros sócios. O grupo já investiu cerca de R$ 600 milhões, entre aportes e empréstimos. De acordo com o jornalista, “Formalmente, Textor continua a ser o acionista majoritário da Eagle Holding, com sede no Reino Unido. Mas, pelos seus problemas financeiros, os investidores expressaram preocupação com a situação, e o empresário norte-americano aceitou se retirar da Eagle em abril em um acordo, segundo o blog apurou com fontes com conhecimento dos negócios. Atualmente, o Conselho da empresa é formado por representantes de outros sócios.”
Auditória interna
Com o afastamento, iniciou-se uma auditoria interna na Eagle e nas operações dos clubes ligados ao grupo. Mattos revelou que foram descobertos problemas graves: “Foram encontrados diversos casos de má gestão e falta de transparência, tanto na Holding quanto nos clubes.” No caso da Eagle Holding, chamou atenção o fato de que as contas da empresa jamais foram apresentadas no Reino Unido, mesmo um ano e meio após o prazo, o que a coloca sob risco de extinção.
Sobre os clubes, os investidores encontraram irregularidades que envolvem comprometimento de receitas futuras, principalmente de direitos de televisão. Além disso, está em curso uma apuração sobre transações de jogadores que teriam envolvido cessões repetidas das mesmas receitas: “E ainda investigamos como transações de jogadores, inclusive com cessão de receitas deste tipo de transação feita mais de uma vez em alguns casos.”
No Lyon, onde a situação é ainda mais grave, Textor foi obrigado a deixar o comando após pressão do DNGC, órgão regulador francês. “A caixa preta no Lyon já foi aberta. Com a pressão do DNGC, o órgão regulador da França, o Textor teve de se afastar, e os sócios assumiram a gestão para salvar o clube do rebaixamento. Os planos financeiros do norte-americano foram oferecidos sem contrapartida na França.” Ainda de acordo com Mattos, Ares, Iconic e acionistas como Michele Kang investiram mais de 89 milhões de euros para manter o clube em pé. “Textor foi o único acionista que não contribuiu.”
Situação no Botafogo
O jornalista destaca que, mesmo afastado, John Textor ainda conta com o apoio da associação do Botafogo, da torcida e de executivos da SAF. E, segundo ele, o empresário ainda tenta articular sua permanência no futebol europeu. “Pela apuração do UOL, o norte-americano ainda aposta em uma negociação para comprar o clube. E se aproxima de Grego Evangelos Marinakis, dono de um grupo de clubes como o Nottigham Forest, para levantar recursos.”
Publicamente, Textor reagiu às críticas e defendeu o desempenho da operação do Botafogo dentro do grupo. “Vou falar claramente para todos aqui. O Botafogo está gerando uma quantia significativa de dinheiro e está financiando várias perdas operacionais do Lyon. Essas coisas absurdas que você lê na França, dizendo que o Lyon pagou pelos títulos do Botafogo, são erradas.”
RJ – RIO DE JANEIRO – 18/04/2024 – BRASILEIRO A 2024, BOTAFOGO X ATLETICO-GO – John Textor presidente da SAF do Botafogo durante partida contra o Atletico-GO no estadio Engenhao pelo campeonato Brasileiro A 2024. Foto: Thiago Ribeiro/AGIF
“Geramos dinheiro com premiações, vendas de jogadores e porque gerimos um bom negócio. O Botafogo financiou a Europa, e não o contrário. Estou dizendo isso em on. Somos uma auditada por uma empresa top, feita tudo isso como preparado para os planos de IPO que temos, não há debate sobre isso. Se tivéssemos problemas de fluxo de dinheiro… Não vamos falar nem hipoteticamente.”
Enquanto isso, na Justiça dos EUA, Textor perdeu a primeira batalha contra a Iconic Sports, que tenta tomar controle definitivo da holding. A tentativa de barrar a movimentação judicial dos investidores foi rejeitada, e a disputa agora caminha para a Justiça do Reino Unido.”}]]
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