Goleiro pede desculpas por partir pra cima de torcedor que cometeu racismo
Cheikh Sarr, goleiro do Rayo Majadahonda que sofreu racismo no sábado (30) durante jogo da terceira divisão da Espanha, pediu desculpas pela reação que teve. Em entrevista coletiva nesta terça-feira (2), ele considerou que exagerou ao ir para a arquibancada para tirar satisfação com o torcedor do El Sestao River que fez o ataque racista.
“Foi minha cabeça, estava quente e peço desculpas ao mundo do futebol pela minha reação. Se acontecesse comigo de novo, não reagiria da mesma forma. Isso me irrita muito, mas é preciso ter um pouco de respeito e acho que é o mais correto a se fazer”, afirmou.
O goleiro ainda explicou que não foram vários torcedores, mas um.
“O pior momento foi quando me insultou. Minha intenção era pular e falar com ele, pegá-lo, saber se tinha família e perguntar por quê. Era alguém mais velho, acho que ele tinha uma criança e deveria ser um exemplo”, disse.
Sarr corre o risco de pegar oito jogos de punição porque foi para a arquibancada e acabou expulso. Por causa do cartão vermelho, os companheiros do senegalês se recusaram a continuar jogando e a partida foi encerrada aos 45 minutos do segundo tempo.
” Minha reação com o árbitro não foi agressiva. Fui contar porque ele não estava lá, e me deu o cartão vermelho. Queria fazer isso com todo o respeito do mundo. Repito, acho que deveriam perguntar primeiro à vítima. Queria perguntar para que o cartão vermelho. Algumas horas depois do jogos, nós nos encontramos para conversar sobre o ocorrido”, revelou.
No dia anterior, o goleiro de 23 anos, em entrevista à rádio Cadena COPE, agradeceu o apoio que recebeu de Vini Jr contra o caso de racismo.
“Vou até a morte com ele. Porque ele também viveu várias vezes, e quando ele estava vivendo, eu dizia ‘Não é normal’. Basta de racismo… não tem lugar no esporte”, disse.
Senegalês Sarr corre o risco de pegar oito jogos de suspensão por reação durante jogo