Galope Peregrino: Com a faca entre os dentes (#119cro)

Por Catedral de Luz
14/04/2025

Como se fosse o último jogo de sua história a SEP jogou pela honra e pela dignidade de um clube que aprendeu o valor de ser grande.

A SEP lutou de maneira obstinada pela posse de bola e se o adversário subestimou suas forças habituais errou feio, pois os favoritos aos títulos expressivos não nascem de conquistas isoladas. Futebol é planejamento e estratégia – dentro e fora das quatro linhas; é equilíbrio financeiro e profissionais certos nos lugares certos, mesmo que a unanimidade seja uma utopia.

Nosso adversário cometeu o pecado irreparável da soberba e acha que tudo aprendera, conforme nossos últimos embates. Erro crasso, pois jogador bom é aquele que está faminto e se a vingança é um prato que se come frio, a SEP pagou seu preço.

Futebol é um substantivo que se permite associar a outros menos saudáveis, tais como guerra e vingança. Estes últimos pertencem ao lúdico que pauta a presença heroica dos personagens que escrevem as histórias, se transformam em mitos e criam lendas – e o que não faltou ontem foram heróis.

Felipe Anderson (7,5) se encontrou e Piquerez (8) entendeu a representatividade contida em um Derby.

Emiliano (7,5) foi a raça uruguaia e, aliás, como a SEP foi o Uruguai dentro das quatro linhas – Facundo (7), por exemplo, não deixou por menos.

Contudo, o Palmeiras não foi apenas o Uruguai dentro de campo. Argentinos – Giay (7), Aníbal (7) e José Manoel López (7) –, Paraguaio – Gòmez (7) e Colombiano – Richard Rios (7,5) – performaram com a mesma intensidade.

Acima da média entre os estrangeiros, Richard Rios viveu dias turbulentos, mas provou que tem personalidade compatível com as cobranças inerentes ao clube pelo qual defende. É um exemplo claro de que os fantasmas do futebol, em determinados casos alimentam a coragem de alguns jogadores, ao contrário de assustar.

E por falar em assustar, a cada partida, Vitor Roque (7) sente menos a camisa de centroavante, fato este que desde sua chegada nunca incomodou Micael (7).
Falamos sobre a maioria e não exaltamos aqueles que normalmente interferem no placar, com atuações “salva-vidas” (Weverton – 7 – e Estevão – 7). Aos poucos vamos consumindo os casos crônicos de dependência.

Faltou alguém? – Bruno (7) e Paulinho (7) – lembrariam os ilustres leitores. Eles personificam com ênfase os questionamentos sobre as contratações efetuadas para a temporada de 2025.

Atentem para um detalhe importante, ninguém chegado recentemente levou o adjetivo negativo “decepcionante”. Isto é bom.

Como diria Abel Ferreira: “Há muito que trabalhar!” – e vamos, certamente. Com a faca entre os dentes.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.

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