Flamengo tenta equilibrar necessidade de poupar com busca por pontos na Bolívia
Em meio ao desgaste com a maratona de sete jogos em sequência, o Flamengo tem o maior desafio físico, com a altitude de 3.640 m de La Paz, o que exige preparação e cuidados especiais. Ainda assim, a comissão técnica de Tite precisa encontrar um equilíbrio entre poupar jogadores e a importância de um bom resultado na quarta-feira (24) contra o Bolívar às 21h30 (de Brasília), em jogo que vale a liderança do grupo E da Libertadores.
Apesar de ser o jogo mais complicado e com a possibilidade de poupar mais jogadores, o Flamengo não pode se dar ao luxo de um resultado ruim, já que pode terminar a rodada a cinco pontos dos bolivianos em caso de derrota. O tropeço na estreia, com o empate em 1 a 1 com o Millionarios na Colômbia, deixou o Rubro-Negro com o risco de não ser o primeiro colocado, o que pode resultar em enfrentar um brasileiro nas oitavas de final.
Por isso, não perder mesmo jogando na altitude é importante, assim como administrar o desgaste de jogadores, como Tite vem fazendo nos últimos dois jogos. Arrascaeta, Luiz Araújo, Pedro e De La Cruz foram poupados porque estavam “em sinal amarelo e vermelho, tinham riscos importantes”, e o treinador ainda citou Erick Pulgar e Ayrton Lucas que podem ser os escolhidos a ficar fora desta vez.
“A gente precisa entender que o jogo está cada vez mais intenso, mais rápido e mais veloz. Então todos os dados são compilados, e nós nos reunimos para tomar a melhor decisão. O objetivo não é prevenção de lesão. Tomamos a decisão de tirar atleta A, atleta B ou atleta C porque a performance começa a cair. O objetivo é melhorar performance do atleta e recuperá-lo”, explicou o preparador físico do Flamengo, Fábio Mahseredjian.
Outra preocupação do profissional é evitar o quanto puder que o elenco do Flamengo sofra com os efeitos da altitude. Por isso, a programação é chegar a La Paz poucas horas antes. Até lá, ficará em Santa Cruz de la Sierra, a 400 metros acima do nível do mar, onde chega nesta terça-feira (23).
“A nossa estratégia de chegar na hora do jogo é para você evitar o que nós chamamos de mal agudo da montanha. Quando você põe o pé nessa alta altitude na hora você começa a ficar ofegante, a hiperventilar. Com o tempo passando, os efeitos dessa exposição começam a vir. Quais são? Uma dor de cabeça intensa, náusea, ânsia de vômito”, disse Fábio Mahseredjian.
Rubro-Negro enfrenta o Bolívar na quarta, pela Libertadores, em briga pelo primeiro lugar do grupo