Flamengo enfrenta nova polêmica e Bruno Henrique vira réu por manipulação de apostas

Jogador pode pegar até 17 anos de reclusão

Flamengo tem problemas com Bruno Henrique

O Flamengo se vê no centro de mais uma polêmica fora das quatro linhas. Nesta sexta-feira (25), a Justiça do Distrito Federal aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público (MPDFT) contra o atacante Bruno Henrique, acusado de manipular o resultado de uma partida válida pelo Campeonato Brasileiro de 2023. De acordo com o processo, que tramita na 7ª Vara Criminal de Brasília, o jogador teria forçado deliberadamente um cartão amarelo com o objetivo de favorecer apostadores.

Com a decisão, o atleta torna-se réu e passa a responder pelos crimes de manipulação de evento esportivo, estelionato consumado em coautoria e duas tentativas de estelionato também em coautoria. Conforme aponta o Ministério Público, a soma das penas pode alcançar até 17 anos de reclusão. O caso veio a público por meio de reportagem exclusiva do portal Metrópoles.

A denúncia foi acolhida apenas em relação a Bruno Henrique e seu irmão, Wander Nunes Pinto Júnior. Os demais investigados, que também eram alvos da apuração inicial, tiveram seus nomes retirados da ação penal por decisão judicial.

Segundo informações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), foi o próprio irmão do jogador quem o incentivou a provocar a infração disciplinar durante o duelo entre Flamengo e Santos. Assim, conforme os promotores, Bruno Henrique teria atuado de forma consciente ao cometer uma falta para forçar o cartão.

Depoimento dos promotores

Ainda de acordo com o MP, após ser informado pelo atleta sobre a intenção de receber o cartão, Wander teria compartilhado o plano com familiares. A investigação da Polícia Federal revelou que o último contato de Bruno Henrique antes do jogo ocorreu justamente com o irmão. Posteriormente, um dos amigos de Wander repassou a informação para um grupo de apostadores, que realizaram apostas direcionadas ao cartão amarelo do atacante, o que, de fato, ocorreu na ocasião.

Assim, todos os acusados, cientes de que se tratava de um acontecimento já ajustado e encaminhado, efetivaram apostas ‘prevendo’ o mencionado cenário. No dia aprazado, então, 01/11/2023, durante a partida entre Flamengo e Santos, Bruno Henrique realmente cumpriu com a palavra dada a Wander e forçou um cartão amarelo já nos minutos finais da partida, sendo punido, logo depois, com o cartão vermelho, por ter xingado o árbitro”, explicaram os promotores na denúncia.

Bruno Henrique, atacante do Flamengo. Foto: Jota Erre/AGIF

Origem das apostas

Um detalhe que chamou a atenção dos investigadores foi a origem das apostas. Conforme registrado no inquérito e reforçado na denúncia, mais de 95% dos palpites apostados diziam respeito especificamente ao cartão amarelo de Bruno Henrique. Nesse sentido, todos efetuados por contas recém-criadas em plataformas de apostas.

Portanto, embora as investigações ainda estejam em andamento para identificar possíveis ramificações do esquema, os indícios levantados até agora reforçam a gravidade das acusações. Assim, o processo se desdobra com repercussão nacional e poderá ter impactos não apenas judiciais, mas também esportivos e institucionais.

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Flamengo tem problemas com Bruno Henrique

O Flamengo se vê no centro de mais uma polêmica fora das quatro linhas. Nesta sexta-feira (25), a Justiça do Distrito Federal aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público (MPDFT) contra o atacante Bruno Henrique, acusado de manipular o resultado de uma partida válida pelo Campeonato Brasileiro de 2023. De acordo com o processo, que tramita na 7ª Vara Criminal de Brasília, o jogador teria forçado deliberadamente um cartão amarelo com o objetivo de favorecer apostadores.

Com a decisão, o atleta torna-se réu e passa a responder pelos crimes de manipulação de evento esportivo, estelionato consumado em coautoria e duas tentativas de estelionato também em coautoria. Conforme aponta o Ministério Público, a soma das penas pode alcançar até 17 anos de reclusão. O caso veio a público por meio de reportagem exclusiva do portal Metrópoles.

A denúncia foi acolhida apenas em relação a Bruno Henrique e seu irmão, Wander Nunes Pinto Júnior. Os demais investigados, que também eram alvos da apuração inicial, tiveram seus nomes retirados da ação penal por decisão judicial.

Segundo informações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), foi o próprio irmão do jogador quem o incentivou a provocar a infração disciplinar durante o duelo entre Flamengo e Santos. Assim, conforme os promotores, Bruno Henrique teria atuado de forma consciente ao cometer uma falta para forçar o cartão.

Depoimento dos promotores

Ainda de acordo com o MP, após ser informado pelo atleta sobre a intenção de receber o cartão, Wander teria compartilhado o plano com familiares. A investigação da Polícia Federal revelou que o último contato de Bruno Henrique antes do jogo ocorreu justamente com o irmão. Posteriormente, um dos amigos de Wander repassou a informação para um grupo de apostadores, que realizaram apostas direcionadas ao cartão amarelo do atacante, o que, de fato, ocorreu na ocasião.

“Assim, todos os acusados, cientes de que se tratava de um acontecimento já ajustado e encaminhado, efetivaram apostas ‘prevendo’ o mencionado cenário. No dia aprazado, então, 01/11/2023, durante a partida entre Flamengo e Santos, Bruno Henrique realmente cumpriu com a palavra dada a Wander e forçou um cartão amarelo já nos minutos finais da partida, sendo punido, logo depois, com o cartão vermelho, por ter xingado o árbitro”, explicaram os promotores na denúncia.

Bruno Henrique, atacante do Flamengo. Foto: Jota Erre/AGIF

Origem das apostas

Um detalhe que chamou a atenção dos investigadores foi a origem das apostas. Conforme registrado no inquérito e reforçado na denúncia, mais de 95% dos palpites apostados diziam respeito especificamente ao cartão amarelo de Bruno Henrique. Nesse sentido, todos efetuados por contas recém-criadas em plataformas de apostas.

Portanto, embora as investigações ainda estejam em andamento para identificar possíveis ramificações do esquema, os indícios levantados até agora reforçam a gravidade das acusações. Assim, o processo se desdobra com repercussão nacional e poderá ter impactos não apenas judiciais, mas também esportivos e institucionais.”}]]  

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