Ex-jogador do Flamengo dispara: ‘É possível ser gay, ídolo e ganhar títulos’

Rio – Com passagens por grandes clubes do futebol brasileiro, o ex-goleiro Emerson Ferretti, de 50 anos, abordou o assunto da homossexualidade no esporte. Campeão carioca pelo Flamengo em 1996, o ex-jogador afirmou que é possível construir uma história importante no futebol e também deixar um legado importante fora dele no combate à homofobia.
“É possível ser gay, ídolo e ganhar títulos. Dá para ser um jogador talentoso. Dá para ter sucesso no futebol. Eu cumpri minhas obrigações dignamente. Fui profissional e entreguei desempenho, isso acaba me motivando para deixar um legado fora de campo também. Falar sobre o assunto, jogar luz sobre o assunto vai fazer, com certeza, primeiro, quebrar um pouco esse silêncio que existe, porque sempre existiu gay no futebol. Só que ninguém fala, todo mundo ignora isso, faz de conta que não tem”, disse em participação no podscast “Nos Armários dos Vestiários”, do portal “globoesporte.com”.
O ex-jogador, que também defendeu o Grêmio, e teve no título da Copa do Brasil de 1999 pelo Juventude, sua principal conquista, afirmou que o ambiente do futebol é bastante hostil aos homossexuais.
“O ambiente do futebol é muito hostil para um gay, muito mesmo. Eu fico imaginando quantos garotos desistiram de se tornar jogador de futebol por conta disso, por perceberem essa situação. Quantos talentos foram perdidos? O futebol perdeu, os clubes perderam, porque o ambiente realmente não ajuda. Eu segui com tudo isso, mas sofri com as consequências de seguir, era o meu sonho. Eu queria ser goleiro do Grêmio. Eu queria ser um jogador de futebol. Eu eu conquistei isso, só tive que que enfrentar um outro lado que é muito difícil”, afirmou.

Ex-atleta afirmou que ambiente do futebol é hostil para homossexuais

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