Estrela do atletismo revela ter sido escravizado e vítima de tráfico infantil

Rio – Lenda do atletismo, Mo Farah, de 39 anos, revelou em documentário de sua vida produzido pela ‘BBC’ que foi escravizado na infância após ser traficado de sua terra natal, Somália, para Londres, na Inglaterra. Ele ainda teve que assumir o nome de outra criança, passando a ser chamado da forma que ficou conhecido mundialmente.
Segundo o atleta, a história de que ele e a família se mudaram para a Inglaterra como refugiados é mentira. Mo Farah teria sido levado ao país após a morte do pai na guerra civil da Somália sob o argumento de que encontraria familiares que estavam morando na Inglaterra.

– Muitas pessoas me conhecem por Mo Farah, mas esse não é o meu nome ou essa não é a realidade. A história real é que eu nasci em Somaliland, norte da Somália, como Hussein Abdi Kahin. Ao contrário do que disse no passado, meus pais nunca viveram no Reino Unido – disse ele, em teaser divulgado pela emissora britânica.

– Eu tinha todos os detalhes de contato dos meus parentes e, assim que chegamos na casa dela, a mulher tirou de mim. Bem na minha frente, rasgou e colocou na lixeira. Naquele momento, eu sabia que estava com problemas – afirmou.

Mo Farah disse ainda que foi obrigado a fazer tarefas domésticas e era ameaçado para não fugir e não fazer uma denúncia.

– Se eu quisesse comida na minha boca, meu trabalho era tomar conta daquelas crianças, dar banho, cozinhar, limpar. Ela disse “Se você quiser ver sua família de novo, não fala nada. Se você falar alguma coisa, eles vão te levar – completou.

Farah conseguiu escapar após relatar sua história para um professor da escola. Ele foi morar em uma nova casa e se naturalizou britânico em 2000, bandeira defendida por ele nas Olímpiadas. Em 2017, o atleta foi condecorado como cavaleiro da Ordem do Império Britânico pela Rainha Elizabeth II.

Mo Farah é dono de quatro medalhas de ouro olímpicas e seis mundiais. duas olímpicas e três mundiais nos 5.000 metros e duas olímpicas e três mundiais nos 10.000 metros.

Nascido na Somália, atleta desmentiu história da própria vida contada em documentário da BBC

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