Estádio – o que o Flamengo pode fazer caso a Caixa consiga anular o leilão do Gasômetro?

Apesar de já ter feito o pagamento pelo terreno do Gasômetro, onde pretende construir seu estádio, o Flamengo ainda esbarra em obstáculos. Isso porque na última sexta-feira (02), a Caixa Econômica Federal entrou com uma ação da 24ª Vara Federal do Rio de Janeiro, pedindo a anulação do leilão em que o local foi arrematado pelo Rubro-Negro.

O que você precisa saber:

Caixa pene anulação do leilão do terreno do Gasômetro
Banco questionou o valor de R$ 138 milhões pagos pelo Rubro-Negro
Situação pode acabar atrasando os planos do Mais Querido

Pedido da Caixa Econômica

A Caixa Econômica Federal divulgou uma nota e usou até mesmo de ironia para pedir a anulação do leilão do terreno do Gasômetro. O banco afirma que houve “desvio de finalidade” e até mesmo repudiou a presença de políticos com a camisa do Flamengo no local.

Confira a nota na íntegra:

“- Surpreendendo um total de zero pessoas, haja vista Edital desenhado previamente com esse intuito, direcionado flagrantemente para beneficiar apenas um ente privado, evidenciando, de forma cristalina, o desvio de finalidade alegado pela Impetrante nos presentes autos. (…) Pois bem. Se antes de ocorrido o leilão não fosse possível afirmar de plano a existência do desvio de finalidade (hipótese com a qual as Impetrantes não concordam), agora ele está escancarado e sem sombra de dúvidas.

– Conforme noticiado em todos os veículos de imprensa, apenas o Clube de Regatas do Flamengo compareceu ao leilão, acompanhado de políticos vestindo camisetas do referido clube de futebol, torcedores felizes e cantantes. Uma verdadeira festa! Festa essa, infelizmente, realizada em detrimento do patrimônio alheio, no caso, do FIIPM, que tem como único cotista o FGTS. Ou seja, ao fim e ao cabo, uma festa com o patrimônio público de todos os trabalhadores brasileiros”, iniciou a Caixa Econômica.

Caixa questiona o valor pago pelo terreno

A ação da Caixa Econômica também questiona o valor no qual o Flamengo pagou pelo terreno, de R$ 138,2 milhões, de forma à vista. O Banco pediu que o terreno volte à mesa de negociações com o clube, já que acredita que este não seria o real preço do local.

“- Valor muito inferior ao que vinha sendo negociado entre as partes, fato que demonstra, concretamente, que o desvio de finalidade, acrescido de vantagens econômicas em detrimento do FIIPM e do FGTS. (…) E aqui é preciso salientar um ponto relevante: em nenhum momento a CAIXA e o FIIPM foram contrários ao projeto do estádio. As negociações se encontravam em andamento. As Impetrantes requerem a suspensão dos efeitos do referido leilão (…), de forma a permitir que tal ilegalidade seja interrompida e que a CAIXA e o FIIPM possam retornar à mesa de negociação com o Clube de Regatas do Flamengo (e/ou com qualquer outro interessado em adquirir o terreno)”.

Próximos passos do Flamengo

No momento, o Flamengo espera a resolução deste impasse envolvendo Caixa Econômica e prefeitura para seguir com o planejamento da construção do seu estádio. Os próximos passos como posse do terreno, desapropriação e descontaminação, dependem da resolução do pedido da Caixa Econômica Federal.

Caixa Econômica pediu a anulação do leilão em que o Rubro-Negro arrematou o local para a construção do seu estádio

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