Estádio do Flamengo: reunião com a prefeitura aumenta expectativa por redução de custos

Rio – O Flamengo se reuniu com o prefeito do Rio, Eduardo Paes, na última quinta-feira (11), para debater a ideia da construção de seu estádio próprio e deixou o encontro com boas perspectivas. Um dos temas debatidos foi a chance de transferir o “potencial construtivo” da sede da Gávea, na Zona Sul, para o Fundo de Investimento Imobiliário Porto Maravilha, administrado pela Caixa Econômica Federal, que é dono do terreno do Gasômetro, local favorito para se construir a nova casa rubro-negra. A medida ajudaria a reduzir os custos de investimento.
O potencial construtivo diz o quanto você pode construir em seu próprio terreno respeitando a zona da cidade em que ele está localizado. No caso da Gávea, o Flamengo faria uso da Transferência do Direito de Construir (TDC), um instrumento que permite ao proprietário de um lote vender seu potencial construtivo para outro proprietário ou doá-lo ao poder público. Se o clube fizer a transferência para cotistas do Fundo Imobiliário Porto Maravilha, os mesmos conseguiriam amenizar o prejuízo que tiveram com a compra do terreno, em 2012, e ainda poderiam erguer construções em outras áreas da cidade.
“O que o Flamengo está querendo fazer? Pegar o potencial construtivo do terreno da Gávea ou de parte do terreno da Gávea mais o potencial construtivo que pode ser reduzido no terreno do Gasômetro e isso se transformar num direito de construir para o fundo. E o que acontece? A gente pega determinadas áreas da cidade e transfere esse direito para o fundo. E aí o fundo pode usar a qualquer tempo, isso vira um ativo, e o fundo pode utilizar esse direito construtivo, vender no mercado imobiliário, para que possa fechar essa conta do que seria a redução do custo do Gasômetro”, disse o deputado federal Pedro Paulo (PSD-RJ), que participou da reunião, ao site “ge”.
“Aquela região do Gasômetro é a área mais valorizada do perímetro do que a gente chama Porto Maravilha. Ali você pode construir prédios de 40, 50 andares. Por poder construir prédios desse tamanho, é um metro quadrado caro, porque o potencial de geração de receita de lucro dele é muito grande. Então a ideia seria pegar esse potencial que você consegue precificar em valor de metro quadrado. Um gabarito de 20 andares tem um valor, um gabarito de 30 tem outro. E você transforma isso em valorização de metro quadrado, olha outra área da cidade e, a partir de uma lei específica aprovada na Câmara, você pode transferir esse potencial de construir ou essa valorização para uma área que seja de interesse da Caixa”, completou.
Com o surgimento da opção do TDC, Flamengo e Caixa diminuíram a distância para chegarem a um denominador comum para o valor que será pago pelo terreno. O Rubro-Negro acenava com a ideia de pagar R$ 2.873,00 pelo metro quadrado, mas o banco estatal entendia que o valor plausível era de pelo menos R$ 4,5 mil. No total, o time carioca está disposto a pagar R$ 250 milhões pelo terreno.
Durante a reunião, Flamengo e prefeitura também aproveitaram para debater como a construção de um estádio impactará naquela região da cidade. Ainda não houve apresentação de maquetes ou desenhos para discussão.

Ideia do clube é transferir o potencial construtivo da Gávea para fundo que é dono do terreno no Gasômetro

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