Defesa de Dudu pede anulação de punição após relatora posar com advogadas de Leila, presidente do Palmeiras

Atacante pede efeito suspensivo ao STJD alegando prejulgamento e vício no processo que o condenou por misoginia

Pedido de anulação

A defesa do atacante Dudu protocolou uma petição no STJD pedindo a anulação da suspensão de seis partidas imposta ao jogador por ofensas contra a presidente do Palmeiras, Leila Pereira. O documento aponta um suposto prejulgamento por parte da relatora Renata Mendonça, que publicou, minutos antes do julgamento, uma foto ao lado de duas advogadas de Leila e uma terceira profissional, exaltando a presença feminina no esporte.

O que diz a petição?

De acordo com a defesa, a postagem nas redes sociais poderia ser digna de elogios se feita em outro contexto, mas, nas circunstâncias do julgamento, denotaria “prejulgamento e interesse moral da relatora com relação à causa”. A imagem, publicada nos stories do Instagram de Renata Mendonça no dia 18 de julho, é central na argumentação da equipe jurídica de Dudu.

Os advogados Diogo Jabur Pimenta e Carla Silene Cardoso Lisboa afirmam que houve vício no processo. “Não há como não se indignar. Não há como não suscitar o vício, a mácula ao julgamento”, diz o texto da petição. Após o julgamento, Dudu foi punido com seis jogos de suspensão e multado em R$ 90 mil.

Dudu nega as acusações de misoginia e afirma estar sendo rotulado injustamente. Segundo a defesa, “está recebendo uma pecha de misógino sem qualquer elemento concreto que fundamente essa acusação”. O documento ainda afirma que o uso do termo de forma indevida representa um “desserviço à luta das mulheres”.

SP – SAO PAULO – 08/12/2024 – BRASILEIRO A 2024, PALMEIRAS X FLUMINENSE – Dudu jogador do Palmeiras durante aquecimento antes da partida contra o Fluminense no estadio Arena Allianz Parque pelo campeonato Brasileiro A 2024. Foto: Ettore Chiereguini/AGIF

“Ao invés de fortalecer o combate ao machismo, o presente procedimento acaba por enfraquecê-lo, ao transformá-lo em ferramenta de retaliação pessoal, gerando confusão entre crítica e discriminação e comprometendo os avanços conquistados em prol da dignidade feminina”, afirmam os advogados.

Outros questionamentos

Além da argumentação sobre o comportamento da relatora, a defesa tenta um efeito suspensivo imediato e questiona a competência da Justiça Desportiva para julgar o caso, por considerar que se trata de matéria de ordem pública.

Os advogados também alegam que a União Brasileira de Mulheres, que ingressou como parte interessada, não teria legitimidade para atuar diretamente no processo. Enquanto aguarda a resposta ao pedido de reconsideração, Dudu segue fora das partidas, por conta da punição imposta pelo tribunal.

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Pedido de anulação

A defesa do atacante Dudu protocolou uma petição no STJD pedindo a anulação da suspensão de seis partidas imposta ao jogador por ofensas contra a presidente do Palmeiras, Leila Pereira. O documento aponta um suposto prejulgamento por parte da relatora Renata Mendonça, que publicou, minutos antes do julgamento, uma foto ao lado de duas advogadas de Leila e uma terceira profissional, exaltando a presença feminina no esporte.

O que diz a petição?

De acordo com a defesa, a postagem nas redes sociais poderia ser digna de elogios se feita em outro contexto, mas, nas circunstâncias do julgamento, denotaria “prejulgamento e interesse moral da relatora com relação à causa”. A imagem, publicada nos stories do Instagram de Renata Mendonça no dia 18 de julho, é central na argumentação da equipe jurídica de Dudu.

Os advogados Diogo Jabur Pimenta e Carla Silene Cardoso Lisboa afirmam que houve vício no processo. “Não há como não se indignar. Não há como não suscitar o vício, a mácula ao julgamento”, diz o texto da petição. Após o julgamento, Dudu foi punido com seis jogos de suspensão e multado em R$ 90 mil.

Dudu nega as acusações de misoginia e afirma estar sendo rotulado injustamente. Segundo a defesa, “está recebendo uma pecha de misógino sem qualquer elemento concreto que fundamente essa acusação”. O documento ainda afirma que o uso do termo de forma indevida representa um “desserviço à luta das mulheres”.

SP – SAO PAULO – 08/12/2024 – BRASILEIRO A 2024, PALMEIRAS X FLUMINENSE – Dudu jogador do Palmeiras durante aquecimento antes da partida contra o Fluminense no estadio Arena Allianz Parque pelo campeonato Brasileiro A 2024. Foto: Ettore Chiereguini/AGIF

“Ao invés de fortalecer o combate ao machismo, o presente procedimento acaba por enfraquecê-lo, ao transformá-lo em ferramenta de retaliação pessoal, gerando confusão entre crítica e discriminação e comprometendo os avanços conquistados em prol da dignidade feminina”, afirmam os advogados.

Outros questionamentos

Além da argumentação sobre o comportamento da relatora, a defesa tenta um efeito suspensivo imediato e questiona a competência da Justiça Desportiva para julgar o caso, por considerar que se trata de matéria de ordem pública.

Os advogados também alegam que a União Brasileira de Mulheres, que ingressou como parte interessada, não teria legitimidade para atuar diretamente no processo. Enquanto aguarda a resposta ao pedido de reconsideração, Dudu segue fora das partidas, por conta da punição imposta pelo tribunal.”}]]  

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