Copa do Mundo: técnico do Irã critica protestos da torcida no jogo contra a Inglaterra

O momento político do Irã foi um dos principais temas da entrevista coletiva do técnico Carlos Queiroz, nesta segunda-feira, após a goleada sofrida para a Inglaterra. Isso porque os protestos contra o governo chegaram até o Khalifa International Stadium. Nesse sentido, o treinador lamentou as vaias das arquibancadas e disse que os “fãs que não estão dispostos a torcer deveriam ficar em casa”.
“Todos os iranianos são bem-vindos ao estádio. Eles têm o direito de criticar o time. Mas aqueles que causam perturbações por problemas fora do futebol não são bem-vindos. Em 2014 e 2018, tivemos total apoio dos torcedores. Agora, vê o que aconteceu hoje… os fãs que não estão tão dispostos a torcer deveriam ficar em casa”, disse Carlos Queiroz.
 

ENTENDA O CASO

O Irã tem vivido a maior onda de protestos de sua história. A situação foi desencadeada após a jovem Masha Amini, de 22 anos, aparecer morta após ser presa pela “polícia da moralidade”, em setembro. A justificativa da prisão foi o “uso inadequado” do véu islâmico, que é obrigatório no país.
Desde então, começaram manifestações no país. De acordo com a Iran Human Rights Watch, principal organização de monitoramento das manifestações, cerca de 380 pessoas já morreram – pelo menos 47 delas eram crianças. 
Aliás, vale destacar que os próprios jogadores do Irã protestaram antes do jogo contra a Inglaterra. Todos os 11 atletas perfilados no gramado do Khalifa International Stadium permaneceram em silêncio enquanto o hino do país era tocado.

O Irã tem vivido a maior onda de protestos de sua história

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