Clube da 777 tem jogo adiado por protestos de torcedores que pedem a saída da empresa
Bélgica – Gerido pela 777, dona da SAF do Vasco, o Standard Liège teve seu jogo adiado pelo Campeonato Belga. O motivo é inusitado: torcedores fizeram um protesto em frente ao centro de treinamento da equipe pedindo a saída imediata da empresa no comando do clube. Além disso, impediram jogadores de deixarem o CT para a partida contra o Westerloo, nesta sexta-feira (10).
“Vivemos os momentos mais sombrios da história do clube! Esta sociedade mafiosa que consiste em fazer circular fluxos financeiros de uma empresa para outra sem nunca investir no bom funcionamento destas, é hoje forçada pelas suas ações fraudulentas e o resultado é implacável”, diz um comunicado da torcida à imprensa belga.
A relação entre a empresa estadunidense e os torcedores do clube belga não é boa. Na última segunda (6), sócios e o ex-proprietário do Standard Liège revelaram que pretendem processar a 777 pelo não pagamento aos antigos acionistas das parcelas que venceram em abril.
Na imprensa local, a informação é de que o grupo pretende vender o clube belga e o Red Star, da França, para busca formas de encontrar liquidez para Hertha Berlin e Everton, outros dois clubes que são geridos pela empresa.
Muitos torcedores temem o futuro do Standard. Um rebaixamento, que não pode mais acontecer nesta temporada, e a falência do clube são problemas que preocupam a torcida caso a 777 continue no comando.
Em nota, a equipe belga lamentou não ter conseguido chegar a um acordo com os torcedores que estavam protestando e pediu desculpas ao Waterloo, adversário da rodada, bem como aos torcedores de ambas as equipes que estavam presente no palco da partida.
No Brasil, a relação com o Vasco também não é boa, com a pressão do clube associativo sobre a forma de como a empresa vem gerindo a SAF. Além disso, com o time na zona de rebaixamento do Brasileirão mais uma vez, torcedores do Cruz-Maltino protestaram após a goleada sofrida por 4 a 0 para o Criciúma, em São Januário, no fim de abril.
Torcida do Standard Liège teme o futuro do time caso o grupo estadunidense, que também é acionista do Vasco, continue no comando