Candidato à presidência do Flamengo reafirma que é contra a SAF e fala sobre profissionalização no clube

EMANUEL MARTINS: Um dos candidatos à presidência do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, o BAP, esteve presente no Charla Podcast, da última sexta-feira (19) e reafirmou que o clube carioca não deveria se tornar SAF, além disso, ele abordou sobre a profissionalização do Flamengo e revela que houve um “relaxamento”, no que diz respeito ao assunto, confira.

Você precisa saber:

Candidato à presidência do Flamengo reafirma que é contra a SAF e fala sobre profissionalização no clube
Luiz Eduardo Baptista, o BAP, esteve presente no Charla Podcast, da última sexta-feira e comentou sobre os assuntos durante sua participação
BAP revela como será feito o seu departamento de futebol, em caso de vitória nas eleições presidenciais

Candidato à presidência do Flamengo reafirma que é contra a SAF e fala sobre profissionalização no clube

BAP sobre a possibilidade do Flamengo em virar SAF

“SAF nem pensar. Pra nada! Nem pra estádio. É abrir mão da sua soberania. ‘Ah, mas o modelo alemão…’. O modelo alemão não permite mais que 49,9%, mas no Brasil pode. Podemos dobrar o faturamento do Flamengo em 5 anos sem SAF. Por que virar SAF?”

“Para alguns clubes é: ou desaparece ou vira SAF. Então é melhor virar SAF. Não é o caso do Flamengo. Por que não estruturar o clube como uma SAF? 100% profissional, sem vice-presidente amador. O Real Madrid tem dono? Vendeu algum pedaço? É empresa? Não. Então é possível”.

Profissionalização do departamento de futebol

“Eu entendo que a profissionalização é fundamental em qualquer área de trabalho. Olha o que aconteceu com o futebol na Europa nos últimos 20 anos. Tem algum vice-presidente de futebol amador na Europa? Real Madrid tem VP de futebol amador? Barcelona tem? Manchester City tem? Bayern tem? Borussia Dortmund tem? Não. Você tem profissionais que trabalham 12 horas por dia. Se ele vai mal, de acordo com as expectativas do clube, ele perde o emprego dele. A vida profissional no futebol é muito difícil. A profissionalização é fundamental. Quando a gente olha o que mudou no futebol nos últimos 10 anos, é impressionante. Você tem toda uma parte de estatística, de matemática, inteligência artificial, fisiologia… Eu entendo que, se o Flamengo quiser ser o maior das américas, nós temos que pensar para onde queremos ir. O Flamengo tem que buscar a hegemonia, como houve com Juventus e Bayern na Itália e na Alemanha”.

Eu tenho conversado com uma série de profissionais que não cabe citar agora, pois os expõe. Muitos deles estão trabalhando, alguns estão fora do Brasil. Você tem que conversar dizendo ‘isso é uma conversa preliminar para a gente entender o que você pensa’.

Foto: Divulgação/Flamengo

Marcos Braz

“Não é contra o Braz. O Flamengo tem 18 VPs amadores. Se eu for eleito, eu não quero nenhum deles se metendo na vertical que vai estar. (…) Tem um desafio imenso de reeducação destes vice-presidentes. E tem um agravante: torcedores. Não tem um VP do Flamengo que não seja Flamengo. Mas dos diretores, o cara pode torcer para outro time, porque são profissionais”.

Relaxamento na profissionalização

“No segundo mandato (de Landim), o discurso e a prática começaram a ter um descolamento. Se no primeiro mandato você tinha as considerações da tragédia do Ninho e da pandemia, que realmente foram fatores que afetaram emocional e financeiramente o clube, no segundo mandato poderíamos ter feito ajustes. Como a gente ganha muito no primeiro mandato, na minha opinião nós relaxamos na profissionalização. A profissionalização ficou para trás. Sabe aquele atleta que bate todos os recordes? Chega uma hora que ele fala ‘eu estou sozinho na pista, talvez eu nem precise treinar tanto. Vou treinar um dia sim, um dia não, já não vou ouvir meu técnico, sou ótimo’. E aí você começa a cair. Eu entendo que houve um relaxamento nesse sentido, e você começa a discordar de uma série de tomada de decisões”.

“No videotape todo mundo é gênio. Olhando sob profissionalismo, é duro afirmar. Mas sobre planejamento e falta de planejamento, sem sombra de dúvida. A gente sabia quando seria o Mundial. A gente sabia, nove meses antes, que o João Gomes seria vendido. E o João Gomes foi uma peça fundamental de equilíbrio estrutural no time de 2022. (…) A gente sabia que o contrato do Dorival acabava no fim do ano. E houve o episódio das férias. Como você gerencia os 60 dias de férias sabendo que tem o Mundial, que tem o Real Madrid no auge? Existe uma diferença entre as equipes, eles no auge e a gente no patamar mais baixo. A gente tinha que ter tido um planejamento diferente do que tivemos, eu tenho certeza disso”.

Luiz Eduardo Baptista, o BAP, esteve presente no Charla Podcast, da última sexta-feira e comentou sobre os assuntos durante sua participação

About Author

Deixe um comentário

Previous post Dirigente da Lazio explica recusa ao Flamengo por Marcos Antonio – “apenas falavam”
Next post Bolasie titular e ausência do artilheiro – veja a escalação do Criciúma contra o Flamengo