Campeão no Jiu-Jitsu e no Vale Tudo relembra trajetória nas artes marciais
O início dessa caminhada, porém, começou quando ele ainda tinha 12 anos, sob as orientações de Jorge Pereira – seu professor da faixa branca até a preta – e Rickson Gracie. Natural do Rio de Janeiro, Wander Braga primeiro brilhou nos tatames e cages brasileiros, até que em 2000 se mudou para os Estados Unidos em busca do sonho de viver do MMA – na época Vale Tudo.
“Depois do Jiu-Jitsu, eu comecei a lutar Vale Tudo e me apaixonei. Um dia estava na arquibancada acompanhando um evento, o Jorge chegou, me chamou, aquelas coisas todas… Entrei e ganhei três lutas. Após isso, eu pensei: ‘agora minha ideia de morar nos EUA vai ficar ainda mais forte’. Por volta de 2000 pintou uma proposta para eu dar aulas e fui, na cara e na coragem”, relembrou o faixa-preta 6º grau, que completou:
“No começo foi difícil, passei por maus bocados… Comendo e descansando pouco, treinando muito, lutando vários campeonatos locais, mas foi assim que eu cheguei nos EUA. Dava aula na LA Boxing Club, que era uma academia no Centro, mas só de Boxe né. Eu nem pensava em dinheiro, em ter muitos alunos, na época eu só queria treinar, crescer meu nome do MMA e foi dando certo”.
Campeão brasileiro, europeu e mundial de Jiu-Jitsu, além de Vale Tudo, Wander atualmente liderada a equipe Wander Braga BJJ, que carrega o seu nome em Cornelius, na Carolina do Norte (EUA). Ele também é casado com Maga e pai de Kayan e Luanna, e além de se dedicar a transmitir suas habilidades e paixão pelo Jiu-Jitsu em aulas e seminários, agora trabalha no lançamento do seu primeiro livro, batizado de Wander Braga: Mais Forte a Cada Golpe.
Vitória marcante em 2016 segue na memória
No MMA, Wander Braga ostenta um cartel de 16 vitórias e apenas uma derrota. Seu último grande triunfo, entretanto, veio no dia 5 de novembro de 2016, quando pelo evento WOCS 44, no Rio de Janeiro, ele enfrentou – e finalizou – o também lendário Johil de Oliveira em um desafio de submission.
Para o carioca, esse foi um dos maiores combates da sua carreira, conforme Wander recordou: “Essa luta foi muito importante porque o Johil é um dos melhores da Luta Livre Esportiva. Era para a gente ter lutado no Circuito de Lutas Freestyle, na final do Brasileiro, mas eu tive uma labirintite muito forte e acabamos não lutando. Então, na época ficou essa incógnita: quem é o melhor?”,
“A gente sempre se encontrava nas finais, eu ficava em segundo e ele em primeiro, eu em primeiro e ele sem segundo. Tinha até o ranking da TATAME na época. E aí, infelizmente, nunca conseguimos fazer essa luta no MMA. Porém, anos depois resolvemos duelar no submission. Eram 10 minutos, sem ponto, valendo apenas finalização e me consagrei campeão com um mata-leão”, encerrou.
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