Botafogo evolui em terceiro jogo de Artur Jorge, mas sofre além do necessário
O primeiro tempo foi de domínio do Botafogo. A equipe de Artur Jorge teve mais de 60% de posse de bola e finalizou nove vezes, de acordo com dados do site “SofaScore”. Nesse cenário, o Alvinegro trabalhava a bola de pé em pé e mostrava paciência para encontrar os espaços. Os jogadores se aproximavam para buscar associações e furar a defesa do Dragão.
E foi justamente assim que o Botafogo abriu o placar no Estádio Nilton Santos. Tchê Tchê tinha a bola no círculo central, tocou para Mateo Ponte e correu para receber na frente. O uruguaio devolveu para o volante, que acionou Júnior Santos.
Com Tchê Tchê posicionado na ponta direita naquele momento, Luiz Henrique atacou o espaço vazio entre o lateral-esquerdo e o zagueiro do Atlético-GO. Júnior Santos percebeu a movimentação e tocou para o companheiro.
O camisa 7 do Glorioso dominou e tocou para Mateo Ponte, que acompanhou toda a jogada e se posicionou na entrada da área. O lateral-direito finalizou de primeira para balançar as redes do Estádio Nilton Santos.
“O Artur (Jorge) implantou um time muito ofensivo, os laterais são muito importantes no jogo. Acho que sempre tem que melhorar. Estou aprendendo muito com o Artur”, disse Mateo Ponte, na zona mista do estádio.
No retorno do intervalo, o Botafogo manteve a pegada e passou muito perto de ampliar a vantagem. Tiquinho descolou ótimo passe para Júnior Santos, que invadiu a área e ficou cara a cara com o goleiro Ronaldo. Ele, porém, preferiu tocar para Jeffinho, que estava sozinho, mas o passe saiu forte demais.
Com o passar do tempo, os problemas começaram a aparecer. O Alvinegro já não conseguia manter o mesmo ritmo e viu o Atlético-GO crescer. A melhor equipe durante boa parte do segundo tempo foi justamente o Dragão.
Tendo isso em vista, Artur Jorge promoveu as entradas de Romero e Savarino na frente e Danilo Barbosa e Patrick de Paula no meio. A ideia era oxigenar o Botafogo, que parecia cansado.
Apesar disso, o Glorioso não voltou a ter controle da partida, mostrou dificuldade para chegar ao ataque e sofreu até o apito final. O Atlético-GO empilhou chances e poderia ter saído do Rio com um ponto na bagagem.
A equipe goiana só não conseguiu o gol porque parou no goleiro Gatito Fernández e nos zagueiros Bastos e Lucas Halter. O trio, que ainda busca a confiança da torcida, brilhou na hora mais importante para assegurar o triunfo alvinegro.
“A equipe lutou muito, foi muito competente quando teve também que sofrer, mas diferente daquilo que queremos para esse Botafogo: uma equipe que possa ser menos sofredora e mais dominadora. Hoje não aconteceu isso, ficamos com os três pontos, com a sensação de que poderemos e devemos fazer melhor”, pontuou o técnico Artur Jorge, na entrevista coletiva.
Alvinegro fez bom primeiro tempo, mas caiu de produção na etapa complementar