Bicicleta de Pedro castiga o antifutebol de Felipão

Pedro marcando gol de bicicleta em Athletico-PR x Flamengo – Foto: Marcelo Cortes

BLOG DO RENATO MAURÍCIO PRADO: Um time entrou para jogar bola; o outro para distribuir pontapés, cotoveladas e tudo mais que fosse antijogo, para tentar garantir, na marra, uma vaga que já merecia ter perdido no Maracanã, tamanha foi a superioridade do rival naquele jogo.

Na Arena da Baixada, a equipe de Dorival foi, novamente, bem superior. E o golaço de Pedro, de meia-bicicleta, premiou quem privilegia o futebol, não o MMA, ou qualquer outro tipo de arte marcial ou briga de rua. Classificou-se o Flamengo, com inteira justiça.

Luiz Felipe Scolari, treinador do Athletico Paranaense, tem um currículo extremamente vitorioso, não se discute – que o digam os dois títulos brasileiros e da Libertadores, além da Copa do Mundo de 2002. Mas seus métodos, outrora aceitáveis e até elogiados se mostram cada vez mais anacrônicos e condenáveis.

Houve um tempo em que mandar quebrar e escarrar nos rivais eram atitudes vistas como coisas naturais, “do velho e violento esporte bretão”. Tempos em que João Saldanha dizia que uma coisa era o que esperava de quem fosse casar com sua filha, outra de quem jogaria bola no seu time de futebol. Os tempos mudaram.

O Fernandinho do Athletico Parananese, por exemplo, nada tem a ver com o do Manchester City. O que voltou ao Brasil e agora é treinado por Felipão nem sequer se parece com o que foi treinado por tantos anos por Pep Guardiola. Passou a ser um carniceiro.

Agride os adversários com e sem bola e pouco produz de positivo para o seu time. Se Raphael Klaus não tivesse feito vista grossa, no início da partida, ele teria sido expulso, após entradas covardes em Gabigol, no primeiro tempo, e Arturo Vidal, no segundo. Ambas sem bola.

O Flamengo de Dorival Júnior dá gosto de ver, seja o time titular, seja o reserva – qual deles enfrentará o Palmeiras, no próximo domingo, num jogo que pode ser decisivo na luta pelo título brasileiro? O Athletico Paranaense de Luiz Felipe Scolari, na maioria das vezes, joga retrancado, pratica o antijogo e apela para a violência.

O Palmeiras, seu próximo adversário, nas semifinais da Libertadores, que se cuide. Assim como aconteceu, com o Flamengo, na Copa do Brasil, vai apanhar feito boi ladrão, na Arena da Baixada.

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