Após saída de Vojvoda do Fortaleza, torcida do Leão do Pici toma atitude e faz homenagem ao técnico
Argentino deixa o comando do Fortaleza após cinco anos históricos, com títulos, feitos inéditos e uma despedida marcada por emoção e protestos da torcida.
Fim de uma era no Fortaleza
O Fortaleza viveu nesta terça-feira, 15 de julho, um dos momentos mais emocionantes de sua história recente. Após cinco anos de parceria, chegou ao fim o ciclo do técnico argentino Juan Pablo Vojvoda no comando da equipe tricolor. A saída, anunciada oficialmente na segunda-feira durante a folga dos jogadores, gerou forte comoção entre os torcedores, que foram em peso ao Centro de Excelência Alcides Santos para demonstrar apoio e gratidão ao treinador.
Com impressionantes 310 partidas à frente do time, Vojvoda deixa um legado repleto de conquistas e recordes. Foram 145 vitórias, 77 empates e 88 derrotas, além da conquista de três títulos estaduais consecutivos (2021 a 2023) e dois troféus da Copa do Nordeste, em 2022 e 2024. O treinador também conduziu o Fortaleza a patamares jamais alcançados, como a semifinal da Copa do Brasil em 2021, três participações na Libertadores e o vice-campeonato da Copa Sul-Americana em 2023. Nas edições do Brasileirão de 2021 e 2024, o clube terminou no seleto grupo dos quatro melhores.
O impacto de Vojvoda foi muito além dos números. Ele deu ao Fortaleza uma nova identidade competitiva e um estilo de jogo admirado nacionalmente. Sua permanência por cinco temporadas, algo raro no futebol brasileiro, permitiu um trabalho contínuo que transformou o clube em protagonista. Seu nome passou a ser sinônimo de seriedade, liderança e evolução constante.
Queda de rendimento de Vojvoda
No entanto, a temporada de 2025 se desenrolou de forma oposta às anteriores. O Tricolor do Pici sofreu eliminações prematuras tanto na Copa do Nordeste quanto na Copa do Brasil. A perda do Campeonato Cearense e, mais recentemente, a derrota para o arquirrival Ceará, que empurrou o time para a zona de rebaixamento do Brasileirão, foram determinantes para que a diretoria optasse pela mudança no comando técnico.
A decisão da cúpula, embora vista por alguns como necessária, foi duramente criticada por parte da torcida. Nas redes sociais, muitos manifestaram tristeza e indignação com a demissão. “Ele era mais que um treinador, era o coração do clube”, dizia uma das mensagens. Outro torcedor lamentava: “Talvez ele fosse o último elo entre o Fortaleza e seu povo”.
Despedida marcada por emoção e gratidão
Vojvoda não deixou o clube sem antes agradecer a todos os que fizeram parte de sua jornada. Em um gesto raro, percorreu todos os departamentos do Fortaleza para se despedir pessoalmente de funcionários e colaboradores. No gramado do Pici, a cena foi comovente: centenas de torcedores entoavam cantos de apoio, com lágrimas nos olhos e cartazes pedindo sua permanência.
Em seu último discurso, o técnico reforçou o pedido por união em meio à turbulência. “Eu entendo a frustração, mas agora mais do que nunca o elenco precisa da torcida. Fortaleza é mais forte quando está junto. Ainda há muito a ser feito”, declarou com a voz embargada. Sua fala foi um apelo pela continuidade do espírito coletivo que marcou sua gestão.
A diretoria, ciente da importância simbólica da saída, publicou uma carta aberta homenageando Vojvoda. O documento enaltecia não só os feitos esportivos, mas também sua postura ética e profissional. Ao mesmo tempo, nomes como Tite, Ramón Díaz e Renato Paiva começaram a ser ventilados como opções para ocupar o cargo deixado por ele, embora nenhuma negociação tenha sido confirmada até agora.
A era Vojvoda chegou ao fim, mas os frutos de seu trabalho permanecerão como base para o que vier pela frente. Sua passagem será lembrada como uma das mais gloriosas da história do clube. E para muitos, ele já ocupa o posto de maior treinador que o Fortaleza já teve.
[[{“value”:”Argentino deixa o comando do Fortaleza após cinco anos históricos, com títulos, feitos inéditos e uma despedida marcada por emoção e protestos da torcida.
Fim de uma era no Fortaleza
O Fortaleza viveu nesta terça-feira, 15 de julho, um dos momentos mais emocionantes de sua história recente. Após cinco anos de parceria, chegou ao fim o ciclo do técnico argentino Juan Pablo Vojvoda no comando da equipe tricolor. A saída, anunciada oficialmente na segunda-feira durante a folga dos jogadores, gerou forte comoção entre os torcedores, que foram em peso ao Centro de Excelência Alcides Santos para demonstrar apoio e gratidão ao treinador.
Com impressionantes 310 partidas à frente do time, Vojvoda deixa um legado repleto de conquistas e recordes. Foram 145 vitórias, 77 empates e 88 derrotas, além da conquista de três títulos estaduais consecutivos (2021 a 2023) e dois troféus da Copa do Nordeste, em 2022 e 2024. O treinador também conduziu o Fortaleza a patamares jamais alcançados, como a semifinal da Copa do Brasil em 2021, três participações na Libertadores e o vice-campeonato da Copa Sul-Americana em 2023. Nas edições do Brasileirão de 2021 e 2024, o clube terminou no seleto grupo dos quatro melhores.
O impacto de Vojvoda foi muito além dos números. Ele deu ao Fortaleza uma nova identidade competitiva e um estilo de jogo admirado nacionalmente. Sua permanência por cinco temporadas, algo raro no futebol brasileiro, permitiu um trabalho contínuo que transformou o clube em protagonista. Seu nome passou a ser sinônimo de seriedade, liderança e evolução constante.
Queda de rendimento de Vojvoda
No entanto, a temporada de 2025 se desenrolou de forma oposta às anteriores. O Tricolor do Pici sofreu eliminações prematuras tanto na Copa do Nordeste quanto na Copa do Brasil. A perda do Campeonato Cearense e, mais recentemente, a derrota para o arquirrival Ceará, que empurrou o time para a zona de rebaixamento do Brasileirão, foram determinantes para que a diretoria optasse pela mudança no comando técnico.
A decisão da cúpula, embora vista por alguns como necessária, foi duramente criticada por parte da torcida. Nas redes sociais, muitos manifestaram tristeza e indignação com a demissão. “Ele era mais que um treinador, era o coração do clube”, dizia uma das mensagens. Outro torcedor lamentava: “Talvez ele fosse o último elo entre o Fortaleza e seu povo”.
Despedida marcada por emoção e gratidão
Vojvoda não deixou o clube sem antes agradecer a todos os que fizeram parte de sua jornada. Em um gesto raro, percorreu todos os departamentos do Fortaleza para se despedir pessoalmente de funcionários e colaboradores. No gramado do Pici, a cena foi comovente: centenas de torcedores entoavam cantos de apoio, com lágrimas nos olhos e cartazes pedindo sua permanência.
Em seu último discurso, o técnico reforçou o pedido por união em meio à turbulência. “Eu entendo a frustração, mas agora mais do que nunca o elenco precisa da torcida. Fortaleza é mais forte quando está junto. Ainda há muito a ser feito”, declarou com a voz embargada. Sua fala foi um apelo pela continuidade do espírito coletivo que marcou sua gestão.
A diretoria, ciente da importância simbólica da saída, publicou uma carta aberta homenageando Vojvoda. O documento enaltecia não só os feitos esportivos, mas também sua postura ética e profissional. Ao mesmo tempo, nomes como Tite, Ramón Díaz e Renato Paiva começaram a ser ventilados como opções para ocupar o cargo deixado por ele, embora nenhuma negociação tenha sido confirmada até agora.
A era Vojvoda chegou ao fim, mas os frutos de seu trabalho permanecerão como base para o que vier pela frente. Sua passagem será lembrada como uma das mais gloriosas da história do clube. E para muitos, ele já ocupa o posto de maior treinador que o Fortaleza já teve.”}]]
Publicar comentário
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.