A relação de Lula e Bolsonaro com Corinthians e Flamengo, respectivamente
Foto: Divulgação
CORREIO BRAZILIENSE: Marcos Paulo Lima
Protagonistas da final da Copa do Brasil, Corinthians e Flamengo mantêm relações perigosas com os dois lados da polarizada eleição para presidente da República. No passado, a gestão do ex-presidente Andrés Sanchez ouviu conselhos do então chefe do executivo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), hoje candidato, antes da construção da Neo Química Arena.
Frequentador assíduo das esferas de poder no Distrito Federal, especificamente do Palácio do Planalto, o Flamengo ouviu Jair Bolsonaro dizer mais de uma vez que articularia com a Caixa Econômica Federal a liberação do terreno na região do Gasômetro para o clube carioca erguer a casa própria.
Os laços dos clubes mais populares do país com o poder são explícitos. Em maio, o ex-presidente do Corinthians e ex-deputado federal Andrés Sanchez admitiu a influência de Lula na construção do estádio, em Itaquera, na Zona Leste de São Paulo, para a Copa do Mundo de 2014.
“Ele falou para fazer o estádio lá em Itaquera. Alguns falam que ele deu o estádio de presente (por ser corintiano), mas agora temos que pagar a tal da dívida. Ué, como assim? Ele só me ajudou falando para não fazer o estádio no Pacaembu. Só. Aliás, o único estádio sem corrupção do país é o do Corinthians”, disse o dirigente, em maio, numa entrevista ao podcast De Lavada.
Apoiador de Lula e um dos maiores influenciadores do grupo que se reveza no poder no Corinthians desde 2007, Andrés Sanchez fez questão de deixar claro o relacionamento próximo com o ídolo. “Primeiro que eu não o coloco como bandido. Eu fui deputado pelo partido dele. É meu amigo. Vou votar nele e trabalhar para ele. A única coisa que ele fez é ter falado comigo: ‘vai ter um estádio? Não faz no Pacaembu’”, afirmou o dirigente alvinegro no mesmo podcast.
Gestor do Maracanã em parceria com o Fluminense, o Flamengo fala em construir o próprio estádio por causa da insatisfação com os termos da licitação da principal arena do país. Como o presidente Rodolfo Landim tem acesso livre a Jair Bolsonaro, o atual chefe de estado entrou em cena numa tentativa de fazer média com o clube mais querido do país.
A Caixa é responsável por administrar a região do Gasômetro, no centro do Rio de Janeiro. O exército mantém um quartel vizinho ao terreno pretendido pelo Flamengo. Em julho, Bolsonaro falou publicamente sobre o tema: “Dani [Daniella Marques], como está a negociação do terreno da Caixa, do Gasômetro, para o Flamengo, que quer construir seu estádio de futebol? Tratamos desse assunto. Adiantei. Liguei agora há pouco para o comando do Exército Brasileiro, porque, vizinho ao Gasômetro, tem um quartel do Exército. Se for o caso, entra no pacote”, afirmou em um evento para empresários do agronegócio na capital paulista. Bolsonaro reforçou: “Vamos atender ao Flamengo. Estudo de viabilidade está bastante avançado. Sem intermediários. Se aparecer um prefeito aí dizendo qualquer negócio, está mentindo”, avisou.
Lula e Bolsonaro têm comportamentos diferentes como torcedores. O petista é torcedor fanático do Corinthians e tem muita simpatia pelo São Bernardo, clube paulista que acaba de subir para a Série C do Campeonato Brasileiro. O adversário se define como fã de Palmeiras e Botafogo, mas esteve várias vezes em jogos do Flamengo no Rio e em Brasília com a camisa rubro-negra. É comum, também, usar uniformes de outros times no Palácio da Alvorada.
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