Homens armados invadem estádio e expulsam jogadores do alojamento de clube paulista

Homens armados invadiram o estádio Vail Chaves, do Mogi Mirim, na madrugada desta terça-feira, e expulsaram cerca de 24 atletas que dormiam no local. Segundo os jogadores, os homens alegaram ser seguranças da diretoria formada pela empresa que administra o futebol do clube. A informação foi veiculada pela emissora ‘EPTV’.
A invasão teria sido motivada por uma divergência política entre a atual presidência do time e a empresa, contratada no fim de 2021, para fazer a gestão do departamento de futebol. Os atletas foram até a Delegacia de Mogi Mirim para registrar um boletim de ocorrência.

Os jogadores, que moravam no alojamento, alegaram em entrevista que não sabem para onde ir. Segundo a reportagem, 15 atletas da equipe sub-23 e quatro atletas norte-americanos, que fazem um intercâmbio no clube, dormiam no local.

“Eles começaram a bater em todos os quartos e falar: desce, desce, desce. Tinha dois que estavam, armados, com spray de pimenta no quadril. Tem gente aqui da Bahia, do Rio de Janeiro. Todo mundo tendo que ir para a rua”, disse um dos atletas.

“A gente foi meio que jogado para fora. Ficou todo mundo na rua, na calçada, sem poder voltar, sem explicação nenhuma. As coisas estão todas dentro dos quartos”, disse o goleiro Willian.

A diretoria do clube assinou um acordo para que a WKM Solutions assumisse a gestão do clube em dezembro de 2021. A empresa deveria tentar modernizar o futebol e levar a equipe de volta às competições estaduais e nacionais.

No entanto, no dia 7 de julho, o presidente do clube, Henrique de Oliveira, publicou uma carta apontando descumprimentos por parte da empresa como “perda de prazo para inscrição de jogadores, ocupação indevida das dependências do estádio, venda de bebidas alcoólicas e manutenção de atletas profissionais sem registro”.

A diretoria comunicou ainda a rescisão do contrato com a empresa, o que teria motivado a invasão e expulsão dos atletas. A presidência fez um novo posicionamento após o episódio lamentando a retirada dos jogadores “na base da truculência e da violência”.

Ação teria sido motivada por uma divergência política entre a atual presidência do time e a empresa contratada no fim de 2021 para fazer a gestão do departamento de futebol

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