Flamengo se prepara para o Mercado de SAF’s no futebol
Gustavo Oliveira, Luiz Eduardp Baptista e Rodolfo Landim na final da Libertadores – Foto: Marcelo Cortes / Flamengo
COLUNA DO FLA: Por Fred Gomes
Fortíssimo no campos esportivo e financeiro, o Flamengo não precisa mudar seu modelo de gestão no momento. A previsão orçamentária para 2023 novamente supera R$ 1 bilhão, e o atual campeão da Libertadores e da Copa do Brasil entrará o ano novamente como favorito às principais competições. A estabilidade faz o clube fechar os olhos a outras modalidades de governança? Não, tanto que promoverá uma palestra sobre a SAF, Sociedade Anônima do Futebol.
O advogado Marcos Motta, referência em direito desportivo dentro do futebol mundial, ministrará o evento “SAF´s no Brasil e no mundo e o que pode mudar no futebol nos próximos 5 anos”, que será realizado na Gávea, marcado para a próxima quarta-feira, das 18h30 às 20h30 (de Brasília).
Responsável por fazer a convocação, o presidente do Conselho de Administração do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, bateu um rápido papo com a reportagem do ge. Descartou a transição do clube para SAF no momento, mas disse que a diretoria segue em constante estudo para não parar no tempo, principalmente após a transformação pelo qual o Rubro-Negro passou de 2013 em diante.
– Em que pese a saúde dos nossos números, é importante que a gente consiga entender os movimentos do futebol e contextualizar como é que o Flamengo vai se situar nesse mundo em função dessas mudanças que são inevitáveis que estão por ocorrer nos próximos anos – afirmou Bap.
O Flamengo mudou de patamar. Deixou de ser um clube que esteve à margem das principais disputas e às vezes até lutava contra o rebaixamento. Voltou a ser o mais rico do país e retomou o lugar de presença constante nas grandes decisões de título. Como isso aconteceu em 10 anos, Bap garante que o Flamengo segue em “estado de alerta 24 (horas) por 7 (dias)” para não retroceder nos próximos 10.
Confira a entrevista com o Bap
O que o Flamengo pretende apresentar aos seus conselheiros com essa palestra sobre SAF’s trazendo um dos advogados mais importantes do esporte em caráter internacional?
– O Flamengo pretende entender o contexto que está acontecendo no mundo do futebol com a criação de empresas, que no Brasil têm sido mais conhecidas como SAF’s. Não vai ser a primeira palestra, fizemos uma falando sobre a condição econômico-financeira dos demais clubes com o Fernando Ferreira, da Pluri. Ele falava como alerta da importância que a SAF’s podem ter no futebol mundial, em especial no Brasil nos próximos 10 anos, e o Flamengo não pode estar alheio a isso. Em que pese a saúde dos nossos números, é importante que a gente consiga entender os movimentos do futebol e contextualizar como é que o Flamengo vai se situar nesse mundo em função dessas mudanças que são inevitáveis que estão por ocorrer nos próximos anos.
O Flamengo tem interesse em negociar parte de suas ações para a implementação de uma SAF dentro do clube?
– Não, o Flamengo não tem interesse em avaliar a venda de nenhum pedaço de uma possível SAF do Flamengo. Flamengo está avaliando todas as possibilidades para que o clube esteja antenado ao que está acontecendo no mercado, que está mudando muito rapidamente. O Flamengo não quer andar para trás nesse processo de evolução tanto financeira quanto esportiva que a gente vem tendo nesses últimos 10 anos. Para tanto tem que se planejar. Não estamos discutindo ainda se vamos vender um tamanho do Flamengo e quanto seria.
O clube acredita que rivais como Vasco e Botafogo poderão se aproximar do patamar esportivo e financeiro do Flamengo com as informações que vocês têm a respeito do modelo de negócio apresentado pelos dois?
Conceitualmente os clubes em geral, especialmente os que têm mais tradição, podem sim ter uma mudança de performance ao virarem SAF. Mas só lembrando que apenas dinheiro não significa capacidade, competência ou performance esportiva. Mas, conceitualmente, é óbvio que quando qualquer clube recebe uma injeção de dinheiro de fora e começa a ter uma gestão mais profissional, que é no que a gente (Flamengo) acredita, isso pode, sim, trazer alteração esportiva na performance dos clubes. Se isso vai acontecer ou não o tempo vai dizer.
4) Landim, Bap e vice-presidentes integrantes do núcleo duro do Flamengo gostam do modelo das SAF’s?
– Eu diria que o núcleo duro do Flamengo gosta de ser vencedor sem fazer loucuras e sem queimar dinheiro desnecessariamente. Investir na medida que isso se traduza em conquistas esportivas, que basicamente é o nosso lema: vencer, vencer, vencer. Se no futuro tiver que ser por meio de SAF’s, o Flamengo quer estar absolutamente preparado para isso. Se o Flamengo tem uma predileção especial por SAF’s? Não, não temos, mas o Flamengo vai seguir, de acordo com a nossa filosofia, lutando para vencer, vencer, vencer. Ainda que tenhamos uma situação econômico-financeira muito melhor do que a maior parte dos clubes brasileiros, especialmente na Série A, não sabemos o que vai acontecer nos próximos 10 anos. Continuamos em estado de alerta 24 por 7 e não vamos perder de vista o que está acontecendo no futebol. Não vamos simplesmente relaxar porque temos tido sucesso esportivo e econômico.
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COLUNA DO FLA: Por Fred Gomes Fortíssimo no campos esportivo e financeiro, o Flamengo não precisa mudar seu modelo de gestão no momento. A previsão orçamentária para 2023 novamente supera R$ 1 bilhão, e o atual campeão da Libertadores e da Copa do Brasil entrará o ano novamente como favorito às principais competições. A estabilidade
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