Croácia é alvo de processo disciplinar na Fifa por ataques e xingamentos a goleiro do Canadá
A bandeira exposta por torcedores croatas fazia referência ao evento de 1995. Com isso, ela remetia a uma empresa de tratores com o seguinte dizer: “Knin 1995 – Nada corre como Borjan”. Uma crítica ao jogador e sua família por terem fugido do país. Atualmente, menos de 10 mil sérvios ocupam a região de Knin.
A entidade abriu o processo de acordo com o artigo 13, que recrimina qualquer tipo de ofensa à dignidade e integridade de um país ou de uma pessoa. Além disso, também utilizará como base o 16, que versa sobre ordem e segurança nos estádios, de seu código disciplinar.
Os croatas também provocaram com gritos de “Vukovar, Vukovar”, que faz referência direta à Batalha de Vukovar. Foi um cerco de 87 dias à cidade de Vukovar, no leste da Croácia, onde o Exército Popular da Iugoslávia, apoiado por forças paramilitares da Sérvia, combateu o exército croata, em 1991. A imprensa da Sérvia repercutiu o ocorrido e cobrou providências junto à Fifa.
Por fim, é preciso destacar que o arqueiro iniciou sua carreira aos 13 anos no Canadá, quando defendeu as cores do East Hamilton SC, antes de ir para o Mount Hamilton SC. Com uma mudança para a Argentina, passou pelas divisões de base do Boca Juniors e do River Plate, dois anos em cada.
Subiu para os profissionais de outro time argentino, o Quilmes. Em seguida, retornou à Sérvia para vestir a camisa do FK Rad e foi convocado pela primeira vez para a seleção canadense. Ele também passou por clubes turcos, Sivasspor e Ludogorets, e atualmente joga na Sérvia no Estrela Vermelha de Belgrado.
Jogador sofreu com hostilidade das arquibancadas no jogo do último sábado