Presidente da FERJ prevê maior dificuldade ao Flamengo no Carioca
Rubens Lopes, presidente da Ferj, ao lado de Landim, do Flamengo – Foto: Divulgação
MUNDO RUBRO-NEGRO: Por André Antunes
Campeão de quatro das últimas seis edições do Campeonato Carioca, o Flamengo vem aumentando ano a ano a sua distância para seus rivais estaduais, em títulos e em receita. No entanto, para o presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ), Rubens Lopes, esse desnível econômico será minimizado a partir da próxima temporada.
O cartola acredita que Botafogo e Vasco, que viraram SAFs em 2022, poderão concorrer de imediato com o Flamengo no próximo ano. Os dois clubes negociaram ativos do futebol com investidores, o Botafogo com o americano John Textor, e o Vasco com a 777 Partners, e esperam um grande aporte financeiro.
Em entrevista ao canal “Resenha com TF”, no Youtube, Rubens Lopes afirmou que as SAFs podem causar impacto imediato nas competições:
“Uma consequência imediata é o desequilíbrio econômico que vai acontecer nas competições. Não há dúvida. Vamos ter Fórmula 1 com Ferrari, McLaren e com fusquinhas lá atrás. Isso vai acontecer na primeira competição nacional. No Estadual não sei se tanto assim, porque a competição se resume em protagonistas e coadjuvantes. No Rio temos as quatro grandes marcas, é a única cidade do mundo que tem quatro grandes marcas. Antes tinha um desequilíbrio causado pelo Flamengo em si, com situação econômica muito melhor”, disse o Presidente, antes de completar:
“Agora tem mais duas outras marcas que podem concorrer de imediato com o Flamengo, é só colocar o dinheiro lá. Embora muito dinheiro pode não significar resultado. O desnível econômico do Flamengo em relação aos demais pode ser muito minimizado de imediato por duas marcas, Botafogo e Vasco, em função da SAF. O Fluminense eu não sei como vai se situar economicamente no meio desse poderio econômico dos outros”.
Apesar de acreditar em um sucesso imediato de clubes que foram adquiridos por investidores, o Presidente da Federação também afirmou que o mais importante no clube é a gestão, caso do Flamengo:
“Sobre a SAF, nada mais é que uma instituição, uma forma jurídica, empresarial, que não é garantia de sucesso. Tudo passa por gestão. Se a gestão da SAF foi ruim, o resultado vai ser ruim. Não é o modelo que é garantia de sucesso. Um mau gestor, pode estar na SAF, na SOF, na SIFU, o que não acredito que venha a acontecer, embora tenha o caso do Gama… O problema é de acordo com a gestão”.
“É uma forma promissora, as pessoas não estão ali para brincar, a não ser que esteja com dinheiro além da conta. Não acredito que o presidente da SAF do Botafogo tenha entrado só para brincar e depois não queira mais o clube. Vislumbra como negócio. É a expectativa que todo botafoguense tem. Eu posso referendar isso. Mas é uma forma muito nova. Começamos a conviver com isso agora, tem oito meses, vamos aguardar. Mas de uma forma imediatista, financeiramente foi uma solução que permitiu ter uma certa tranquilidade, reforçada pela expectativa de que recursos serão aportados”.
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