Médico mostra como traumas no nariz podem causar riscos para lutadores profissionais
“A grande maioria das lesões que acontecem em lutas é de narizes que vão ficar tortos, para um lado ou para o outro, e vão sangrar. O sangramento é na mucosa, na parte de dentro do nariz; e o torto é porque a parte óssea fraturou. No momento da luta, é possível fazer uma correção rápida e momentânea – ou seja, posicionar essa pirâmide óssea para a posição correta e colocar um tampão dentro do nariz com gaze, pomada de antibiótico, anestésico, para diminuir o sangramento”, detalha o doutor Jamisson.
Segundo ele, se um lutador, por razão de uma fratura, já tiver perdido o septo nasal, a recomendação inicial não é que ele faça uma reconstrução totalmente estruturada do nariz, sob pena de sofrer um novo trauma:
“Se o lutador não tem mais septo, se ele já fraturou e vai voltar a lutar, é preciso pensar em reconstruir o nariz com um certo grau de flexibilidade, justamente porque ele pode ser submetido a um outro trauma no local. Agora, se ele não vai mais lutar, o indicado é a rinoplastia totalmente estruturada com costela”.
Tendo realizado mais de 1.500 cirurgias ao longo de sua carreira, doutor Jamisson explica que se algum procedimento não for realizado de maneira satisfatória, independentemente do grau da lesão, o lutador pode ter problemas tanto respiratórios, quanto estéticos.
“Se o atleta sofrer uma lesão aberta, ou seja, um ferimento que abriu o nariz e sangrou a parte da pele, isso requer uma sutura, sob risco de levar a uma infecção e à perda das partes moles. Se for um trauma, mas não tem exposição de musculatura, não tem corte na pele, você pode voltar com o nariz para a posição original no sentido de deixá-lo alinhado e diminuir os problemas de respiração. Um nariz com uma escoliose nasal importante pode afetar a qualidade do desempenho da luta do atleta”, encerra.
Dr. Jamisson Melo, referência no país, falou dos cuidados que os atletas devem ter com as lesões