Flamengo decidirá finais da Copa do Brasil e Libertadores num intervalo de 18 dias
Jogadores do Flamengo entrando em campo – Foto: Marcelo Cortes
CORREIO BRAZILIENSE: Marcos Paulo Lima
Os dois clubes mais ricos e badalados do país estão com papéis invertidos. Há duas temporadas, um Flamengo eliminado precocemente da Libertadores e da Copa do Brasil brigava ponto a ponto com São Paulo e Internacional pelo título do Brasileirão de 2020. Deixado para trás na Série A, o Palmeiras, de Abel Ferreira, fez o inverso. Tirou o pé no Nacional e acelerou nas copas. No fim das contas, o Flamengo conquistou o bicampeonato no Brasileirão e o Palmeiras arrematou a Libertadores e a Copa do Brasil.
Portanto, o Flamengo pode repetir, em 2022, o que fez o Palmeiras em 2020. E vice-versa. O Palmeiras é o líder disparado do Brasileirão e conta os dias para conquistá-lo. Como se não bastasse enfrentar Corinthians e Athletico-PR nas decisões da Copa do Brasil e da Libertadores, há um adversário a mais para o time rubro-negro: a pressão do tempo. Talvez este seja o mais temido no Ninho do Urubu.
Na temporada de 2020, cujo calendário foi “europeizado” devido ao desembarque da pandemia do novo coronavírus no país, o Palmeiras conquistou a Libertadores contra o Santos em 30 de janeiro de 2021. O jogo de volta da final da Copa do Brasil contra o Grêmio foi em 7 de março. Logo, o time alviverde disputou duas decisões em 37 dias. Excelente espaço entre uma e outra.
Em 2022, o Flamengo tem metade do tempo do Palmeiras para realizar a mesma façanha. Achatado pela inédita realização da Copa do Mundo em novembro, o calendário achata duas finais gigantes e altamente rentáveis do ponto de vista esportivo e financeiro em um espaço de menos de três semanas. Isso tudo com um Brasileirão a caminho da reta final.
A missão do Flamengo é conquistar a Copa do Brasil e a Libertadores em 18 dias. A série de finais rubro-negras começa em 12 de outubro contra o Corinthians, continua sete dias depois e terminará no fim do mês, no dia 29, em Quito, no Equador, contra o Athletico-PR, na decisão em jogo único da Libertadores. A maratona não é novidade na história do clube carioca.
Dorival Júnior e sua trupe podem se inspirar em três troféus expostos no museu da Gávea. Em 1981, Zico e companhia conquistaram três taças pesadíssimas em 35 dias: Campeonato Carioca contra o Vasco, Libertadores diante do Cobreloa e a Copa Toyota, como se chamava o Mundial de Clubes da época, com o imponente 3 x 0 diante do Liverpool, em Tóquio. Para que aquela façanha acontecesse, o elenco disputou 11 partidas em quatro países diferentes.
A missão não será fácil. O Corinthians da final da Copa do Brasil não é mais aquele eliminado pelo Flamengo nas quartas de final da Libertadores. O Athletico-PR também não será o mesmo despachado nas quartas de final da Copa do Brasil. Impedido de disputar o mata-mata nacional, o jovem Vitor Roque, por exemplo, reforçará o Furacão na final da Libertadores. Além disso, o Flamengo ficará exposto às análises dos concorrentes em duas finais será desafiado a se reinventar.
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CORREIO BRAZILIENSE: Marcos Paulo Lima Os dois clubes mais ricos e badalados do país estão com papéis invertidos. Há duas temporadas, um Flamengo eliminado precocemente da Libertadores e da Copa do Brasil brigava ponto a ponto com São Paulo e Internacional pelo título do Brasileirão de 2020. Deixado para trás na Série A, o Palmeiras,
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