Palmeiras faz o placar que precisava, mas cede o empate e se despede da Libertadores
Por Eduardo Luiz
06/09/2022, 23h36
Time de Abel Ferreira fez o 2 a 0 mas sofreu com a arbitragem, que não expulsou Alex Santana após agressão em Rony.
(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)
Primeiro tempo
Sem surpresas na escalação, ou seja, sem Raphael Veiga, que não se recuperou da torção de tornozelo que sofreu em Curitiba, o Palmeiras iniciou o jogo buscando o gol e tendo o substituto do camisa 23, Bruno Tabata, muito bem. Logo aos 2 minutos o reforço recém-chegado roubou a bola no meio-campo e tocou para Zé Rafael, que carregou e cruzou para Rony; Pedro Heenrique cortou parcialmente e a bola sobrou limpa para Scarpa chegar chutando sem chance de defesa para o goleiro: 1 a 0.
Empurrado pela torcida, o Verdão tentou tirar proveito do gol relâmpago. Aos 6 minutos, em outra descida pelo lado esquerdo do ataque, Scarpa invadiu a área e chutou cruzado, exigindo boa defesa de Bento. Aos 8, nova chance para o camisa 14, que voltou a parar no goleiro.
O Palmeiras jogava melhor. Aos 15 minutos foi a vez de Rony desarmar o adversário na intermediária e tocar para Dudu, que demorou a tomar uma decisão entre chutar e tocar, optando por concluir quando não tinha mais ângulo, facilitando a defesa de Bento. A partir de então o Athletico-PR passou a contar com a arbitragem do uruguaio Esteban Ostojich, que permitia sua pancadaria e não marcava nada para o Verdão.
Aos 26 minutos, enquanto esperava a cobrança de escanteio, Alex Santana acertou uma cotovelada no rosto de Rony e o juiz deu apenas cartão amarelo. O VAR se fez de cego. Jogando contra 12, o Palmeiras seguiu em busca do segundo gol. Aos 35 minutos Marcos Rocha ganhou disputa na área e cruzou para Rony, que teve o chute bloqueado por Pedro Henrique.
Com espaços para contra-atacar, o Verdão teve outra boa chance aos 40 minutos: Scarpa enfiou para Dudu, que ajeitou de calcanhar para Tabata bater cruzado, fraco. Aos 42, a bola sobrou para Bruno Tabata já dentro da área, mas ele quis ajeitar ao invés de fuzilar, dando chance à defesa se recuperar e interceptar. Aos 43 minutos Dudu recebeu na entrada da área e chutou cruzado, à direita do goleiro.
No último minuto do primeiro tempo, em dividida no meio-campo, Murilo acabou solando Canobbio; o árbitro aplicou cartão amarelo, mas o VAR, que não viu a cotovelada na cara de Rony, recomendou expulsão e o uruguaio acatou, deixando o Palmeiras com menos um para toda etapa final.
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Segundo tempo
No segundo tempo, com Luan na vaga de Tabata, o Palmeiras voltou com a proposta de marcar forte e contra-atacar. De começo deu até melhor do que o previsto, isso porque aos 9 minutos Marcos Rocha cobrou lateral na área e Gómez fez 2 a 0 de cabeça. Com o placar que precisava, o Verdão se fechou de vez, chamando o Athletico-PR para dentro da área, praticamente.
Aos 11 minutos Terans isolou após cobrança de escanteio. Aos 14, Erik arriscou de fora da área, sem perigo para Weverton. Aos 18, Thiago Heleno teve toda liberdade possível para lançar Vitinho nas costas de Marcos Rocha; o atacante mandou para a pequena área e Vitor Roque ajeitou para Pablo diminuir: 2 a 1.
Depois de sofrer o gol, o Palmeiras abdicou da postura excessivamente defensiva. Aos 22 minutos Scarpa recebeu de Marcos Rocha e soltou a bomba, por cima do travessão. Aos 24, Vitinho bateu colocado buscando o ângulo esquerdo de Weverton, que tirou com os olhos. Aos 27, o Verdão teve a bola do jogo com Gabriel Menino, que recebeu ótimo passe de Dudu, mas ele quis se consagrar ao invés de dar assistência para Rony; Bento mandou para escanteio.
Com o time nitidamente sem pernas, aos 32 minutos Abel Ferreira precisou mexer. Rony e Marcos Rocha deram lugar a Wesley e Mayke, respectivamente. Aos 35, após confusão na entrada da área, Vitinho bateu prensado, fácil para Weverton. Aos 40, Terans arriscou de fora da área, a bola desviou em Piquerez e tirou completamente do camisa 21 Palmeirense: 2 a 2.
Imediatamente depois do gol, Abel promoveu as últimas alterações a que tinha direito: Menino por Atuesta, e Piquerez por Merentiel. Mas não deu tempo para eles tentarem algo. O Athletico abusou da cera nos 5 minutos de acréscimo e o juizão permitiu, encerrando a partida sem acrescentar mais nada.
Com o placar agregado de 2 a 3, fruto de um primeiro jogo muito ruim, e de uma arbitragem criminosa na partida de volta, o Maior Brasileiro da Libertadores se despediu da competição e adiou o sonho do Tetra.
Restou o Brasileirão. Sábado (10/9), às 21h, o Verdão recebe o Juventude pela 26ª rodada. Vamos buscar o Hendeca!
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