Filipe Luís relembra final da Libertadores de 2019: “Não consegui separar a emoção da razão nesse dia”

PAULO COSTA: O 23 de novembro é uma data especial para qualquer torcedor Rubro-Negro, pois completa-se cinco anos do histórico título da Libertadores de 2019, vencida de virada sobre o River Plate, com dois gols de Gabigol (um aos 43′ e outro aos 46′). Além disso, no mesmo dia, mas em 1981, o clube conquistou o primeiro título da glória eterna, com a geração de Zico.

Você precisa saber

  • Libertadores de 2019 completa 5 anos
  • Filipe Luís relembra a conquista
  • Atual treinador afirma que não conseguiu separar a razão da emoção no jogo

Filipe Luís chegou ao Mais Querido em 2019 para ser um dos grandes protagonistas da era do clube. Depois de enfileirar títulos, virou treinador do Flamengo há cerca de dois meses. Cinco anos após a principal conquista da atual geração, Filipe relembrou o momento e afirmou que não conseguiu separar a emoção durante o jogo.

“A noite anterior em Lima foi a primeira vez na minha carreira que significava demais o título, mais do que o normal. Meu sonho sempre foi ganhar a Champions, sempre foi esse na minha carreira como jogador. Eu não consegui ganhar a Champions, só que o fato de poder conseguir ganhar uma Libertadores com o clube do meu coração significava demais para mim”, iniciou Filipe Luís.

“E vocês viram meu jogo, não foi o melhor jogo, eu não consegui separar a emoção da razão nesse dia, mas conseguimos a vitória. Como equipe, e eu sou parte dessa história e sou muito grato pela oportunidade que me deram de estar aqui nesse momento. De fazer parte desse grupo vitorioso, mas como falei não gosto de falar do passado. Prefiro estar em outra função e poder fazer outra história. Tentar conquistar outro título e dar alegrias de novo e sentir essa conexão e essa comunhão com a torcida. É inesquecível, então eu estou aqui hoje em busca desse grande objetivo”, acrescentou.

Rafinha e Filipe Luís abraçados no gramado após virada sobre o River – Foto: Reprodução

Relembre a épica partida contra o River

A partida começou difícil para a equipe de Jorge Jesus, que não conseguiu se encontrar e viu o River Plate dominar a primeira etapa com chances perigosas. O Flamengo não deu nenhuma finalização na direção do gol de Armani nos primeiros 45 minutos.

Aos 13′, Filipe Luís interceptou passe mas a bola escapou e sobrou nos pés do adversário, que lançou o companheiro nas costas do lateral. Em seguida, o jogador do River cruzou rasteiro, Gerson e William Arão não se decidiram e deixaram a bola passar. Rafael Borré apareceu e bateu no canto de Diego Alves para abrir o placar em Lima.

No segundo tempo, o Rubro-Negro voltou com outra postura e passou a incomodar mais o goleiro Armani, com finalizações perigosas. No entanto, o tempo passava e o time não chegava ao gol de empate. Jorge Jesus lançou o time para frente, colocou Diego Ribas e Vitinho em busca do resultado.

Jorge Jesus durante a final da Libertadores de 2019 — Foto: GERMAN FALCON/EFE

Porém, aos 88 minutos a história começou a mudar para o Flamengo. Diego e Arrascaeta deram combate no meio de campo e o uruguaio lançou Bruno Henrique. Com extrema calma, o camisa 27 limpou os adversários e esperou o momento certo de deixar Arrascaeta em ótimas condições nas costas da defesa do River.

Com a raça peculiar uruguaia, Arrasca se esticou todo para deixar Gabigol em condições de empatar o confronto e levar a torcida ao delírio. O jogo parecia que iria para a prorrogação, mas, aos 91 minutos, o Predestinado colocou o Flamengo de vez na eternidade do futebol.

Diego Ribas recebeu de Rafinha e lançou o atacante. Gabi disputou com os dois zagueiros do River e Pinola ajeitou errado para o companheiro. A bola ficou na medida para o camisa 9 estufar as redes de Armani e dar a Libertadores ao clube depois 38 anos.

Momento em que Gabigol faz o 2º sobre o River Plate – Foto: Delmiro Junior

Melhores momentos

Atual treinador relembrou a conquista que marcou a atual geração de jogadores do Flamengo

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