Rodrigo Dunshee se une a opositores e toma decisão radical no Flamengo
Flamengo foi no sentido oposto a uma tendência que vem se estabelecendo no futebol brasileiro
Mudança significativa
O Flamengo é um dos clubes referência no futebol brasileiro. E parece que o time carioca tem mesmo o seu próprio modo de lidar com as questões internas e políticas do clube, indo na contramão do que diversas equipes do Brasil estão fazendo, ao adotar uma postura que pode evitar que o Mais Querido se transforme em SAF.
Na noite desta quarta-feira, o Conselho Deliberativo do Flamengo aprovou uma alteração significativa no Estatuto do clube. A emenda aprovada tem o objetivo claro de dificultar a implementação de uma Sociedade Anônima de Futebol (SAF), uma tendência crescente entre clubes brasileiros. Com 272 votos favoráveis, apenas dois contrários e uma abstenção, a mudança reflete o desejo dos conselheiros sobre a direção estratégica do clube carioca.
Devido à alteração, a partir de agora, qualquer proposta relacionada à SAF precisará ser previamente avaliada em uma assembleia geral, onde será exigido um quórum mínimo de 60% dos sócios aptos a votar, o que corresponde a cerca de 3.600 pessoas. Além disso, a aprovação final exigirá o voto favorável de dois terços dos presentes, tornando o processo ainda mais rigoroso e difícil de ser alcançado.
Sem conflito de interesses
A alteração ainda impôs uma quarentena significativa para ex-dirigentes. Caso a criação de uma SAF seja aprovada, os dirigentes do clube no triênio anterior não poderão assumir cargos remunerados na SAF por um período de seis anos. A ideia é prevenir possíveis conflitos de interesse e garantir que a transição para uma nova estrutura de gestão seja feita de forma transparente e justa.
A proposta foi formulada pelo conselheiro Rodrigo Gustavo Rötzsch, do grupo Frente Flamengo Maior, e teve a colaboração de outros grupos políticos, como o Flamengo Sem Fronteiras. A emenda contou com o apoio de 217 assinaturas, muito acima do mínimo necessário de 50.
Enquanto outros clubes brasileiros estão aderindo ao modelo SAF para atrair investimentos e buscar maior eficiência financeira, o Flamengo optou por um caminho que preserva a estrutura tradicional e o controle interno do clube.
A decisão aconteceu em um momento importante do cenário político do clube, que se prepara para as eleições de uma nova diretoria. Atualmente, o Flamengo tem três pré-candidatos à presidência do clube em dezembro – Luiz Eduardo Baptista (BAP), Maurício Gomes de Mattos e Rodrigo Dunshee – todos alinhados com a aprovação da emenda. A união de diferentes grupos políticos em torno dessa proposta pode ser vista como um esforço coletivo para garantir a continuidade e a estabilidade da gestão do clube.
Um assunto que virou pauta nos últimos dias também foi a possibilidade de Rodolfo Landim virar CEO do clube caso Rodrigo Dunshee seja eleito para assumir a presidência do Flamengo. O debate gira em torno da possibilidade de Landim perpetuar seu poder na equipe carioca.
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Mudança significativa
O Flamengo é um dos clubes referência no futebol brasileiro. E parece que o time carioca tem mesmo o seu próprio modo de lidar com as questões internas e políticas do clube, indo na contramão do que diversas equipes do Brasil estão fazendo, ao adotar uma postura que pode evitar que o Mais Querido se transforme em SAF.
Na noite desta quarta-feira, o Conselho Deliberativo do Flamengo aprovou uma alteração significativa no Estatuto do clube. A emenda aprovada tem o objetivo claro de dificultar a implementação de uma Sociedade Anônima de Futebol (SAF), uma tendência crescente entre clubes brasileiros. Com 272 votos favoráveis, apenas dois contrários e uma abstenção, a mudança reflete o desejo dos conselheiros sobre a direção estratégica do clube carioca.
Devido à alteração, a partir de agora, qualquer proposta relacionada à SAF precisará ser previamente avaliada em uma assembleia geral, onde será exigido um quórum mínimo de 60% dos sócios aptos a votar, o que corresponde a cerca de 3.600 pessoas. Além disso, a aprovação final exigirá o voto favorável de dois terços dos presentes, tornando o processo ainda mais rigoroso e difícil de ser alcançado.
Sem conflito de interesses
A alteração ainda impôs uma quarentena significativa para ex-dirigentes. Caso a criação de uma SAF seja aprovada, os dirigentes do clube no triênio anterior não poderão assumir cargos remunerados na SAF por um período de seis anos. A ideia é prevenir possíveis conflitos de interesse e garantir que a transição para uma nova estrutura de gestão seja feita de forma transparente e justa.
A proposta foi formulada pelo conselheiro Rodrigo Gustavo Rötzsch, do grupo Frente Flamengo Maior, e teve a colaboração de outros grupos políticos, como o Flamengo Sem Fronteiras. A emenda contou com o apoio de 217 assinaturas, muito acima do mínimo necessário de 50.
Enquanto outros clubes brasileiros estão aderindo ao modelo SAF para atrair investimentos e buscar maior eficiência financeira, o Flamengo optou por um caminho que preserva a estrutura tradicional e o controle interno do clube.
A decisão aconteceu em um momento importante do cenário político do clube, que se prepara para as eleições de uma nova diretoria. Atualmente, o Flamengo tem três pré-candidatos à presidência do clube em dezembro – Luiz Eduardo Baptista (BAP), Maurício Gomes de Mattos e Rodrigo Dunshee – todos alinhados com a aprovação da emenda. A união de diferentes grupos políticos em torno dessa proposta pode ser vista como um esforço coletivo para garantir a continuidade e a estabilidade da gestão do clube.
Um assunto que virou pauta nos últimos dias também foi a possibilidade de Rodolfo Landim virar CEO do clube caso Rodrigo Dunshee seja eleito para assumir a presidência do Flamengo. O debate gira em torno da possibilidade de Landim perpetuar seu poder na equipe carioca.”}]]
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