Em conversa com Diego Ribas, Rafinha fala sobre saída do Flamengo: “Uma das decisões mais difíceis da minha vida”

PAULO COSTA: Rafinha marcou seu nome na história do Flamengo em 2019. Porém, no ano seguinte, durante a pandemia, o lateral-direito recebeu uma proposta irrecusável financeiramente do Olympiacos, da Grécia, e acabou deixando o Rubro-Negro.

Você precisa saber

Em conversa com Diego Ribas, Rafinha fala sobre saída do Flamengo
Lateral foi o convidado do podcast “10 & Faixa”
Rafinha afirmou que sair do clube foi bastante difícil

Em conversa com o ex-companheiro Diego Ribas, no Podcast ’10 & Faixa’, Rafinha abriu o jogo sobre a saída do clube e afirmou que foi uma das decisões mais difíceis que tomou no futebol.

Saída do Flamengo

Não me arrependo não (de ter saído). Eu poderia ter ficado um pouco mais no Flamengo. Eu tinha 35 anos, carreira de atleta dura 10, 15 anos, quanto mais você conseguir fazer a carteira (dinheiro), ótimo, depois a gente vai viver 50 anos. Me ligaram em uma quarta-feira, eu não esqueço, disseram que queriam me contratar. Falei “agora não é hora, acabei de voltar da Alemanha, estou vivendo igual rei aqui, fomos campeões, o time está redondo, não dá, não quero”. Perguntaram qual valor eu iria e eu falei um número de sacanagem. No final de semana, o presidente do Olympiacos me ligou e falou que depositaria metade do contrato antecipado“, disse Rafinha, antes de continuar.

Ao mesmo tempo que eu queria ir, porque para a minha vida e carreira era muita coisa, receber uma proposta naquele valor, lateral não é igual atacante. Eu tinha bom salário, mas aquele valor era uns cinco anos de Flamengo. Foi uma das decisões mais difíceis da minha vida. O presidente depositou o dinheiro antes de eu assinar o contrato. Minha família chorou muito, todo mundo ficou decepcionado, eu tinha acabado de voltar. Mas você pensa em todos os lados, pela situação financeira, eu não poderia deixar de ir, quatro bacuris (filhos), sete irmãos, 50 agregados, tio, tia, dois IPVA’s por mês, eu tinha que fazer a carteira.

Foto: Reprodução

Um dos melhores momentos na carreira

Apesar da saída precoce, Rafinha lembrou com carinho dos tempos vitoriosos de Flamengo e, mesmo com oito anos de Bayern de Munique, afirmou que foi um dos melhores momentos da carreira.

As confusões que a gente tinha no vestiário, quando as vezes perdia um jogo no intervalo que as coisas estavam ruins, ninguém vai sonhar o que a gente fazia. Todo treino intenso, pegado, todo mundo se respeitava. Eu já joguei mais de 700 jogos na vida, mas sinto saudades daquela resenha, no caminho para o treino, as concentrações. O jogo era o de menos. Estar naquele ambiente era gostoso demais.

Foto: Reprodução

Estou caminhando para a parte final da carreira, mas, aquele momento que nós vivemos, sem dúvida, foi um dos melhores momentos da minha carreira. Esquece título, mas de ambiente. Claro que é importante você marcar história, mas dar exemplo, quando a gente se encontra, parece que estávamos vivendo juntos, você olha um para o outro e se abraça. Criou um vinculo tão forte, liga para um, liga para outro, parece que estamos juntos todos os dias. Isso aí você não encontra. Quando a gente passava o morro da Mangueira e descia para o Maracanã, a gente já sabia que ia atropelar. Não tinha para ninguém”, finalizou.

Lateral foi o convidado do podcast “10 e Faixa”

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