Grêmio e Inter priorizam vítimas e vão avaliar perdas após água baixar
Rio – Grêmio e Internacional ainda não conseguiram avaliar o prejuízo causado pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Porém, essa não é a prioridade dos clubes gaúchos. Com as atividades suspensas por tempo indeterminado, dirigentes e jogadores buscam ajudar as vítimas da tragédia.
Os goleiros Rochet, do Internacional, e Caíque, do Grêmio, atuam na linha de frente para ajudar as vítimas, assim como o volante colorado Thiago Maia e o centroavante gremista Diego Costa. Eles estão ajudando no resgate de pessoas e animais ou levando mantimentos para os abrigos.
Somente quando as cheias baixarem que os clubes poderão avaliar o prejuízo. Os centros de treinamento e estádios de Grêmio e Internacional foram tomados pela água. Dificilmente a Arena do Grêmio e o Beira-Rio vão voltar ao funcionamento normal em menos de 30 dias.
A CBF adiou os jogos de Grêmio, Internacional e Juventude até o dia 27 de maio. É provável que a entidade precise remarcar mais partidas do trio. A Conmebol também adiou os últimos dois jogos do Grêmio, pela Libertadores, e do Inter, pela Sul-Americana. Ainda não há uma nova data.
Entenda a tragédia no Rio Grande do Sul
O Rio Grande do Sul tem sofrido com um alto volume de chuva desde segunda-feira. Segundo a Defesa Civil, são 116 mortos, 143 desaparecidos e 756 feridos. Além disso, 408,1 mil pessoas ficaram fora de casa, sendo 70,7 mil em abrigos e 337,3 mil desalojados (nas casas de familiares ou amigos). Ao todo, 437 dos 497 municípios foram afetados, causando prejuízo para 1,9 milhão de pessoas.
Em Porto Alegre, as águas do lago Guaíba invadiram a região das ilhas, ruas do Centro Histórico e a estação rodoviária. O Aeroporto Internacional Salgado Filho suspendeu as atividades até o final de maio. O nível da água superou a cota de inundação, atingindo 5,26 metros e superando a marca da enchente histórica de 1941, quando bateu 4,76 metros. O limite para inundação é de 3 metros.
O nível do Guaíba, em Porto Alegre, baixou para 4,74 metros pela primeira vez desde sábado (4), de acordo com a medição feita pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) no Cais Mauá. Mesmo com a redução, o Guaíba segue mais de 2 metros acima da cota de inundação. A água que avançava sobre as ruas da capital aparenta estar estável e até recuando em algumas regiões.
Dupla teve estádios e CTs invadidos pelas enchentes no Rio Grande do Sul