Flamengo poderia desenvolver um complexo esportivo no Gasômetro
Projeto de estádio – Foto: Divulgação
O GLOBO: Por Rafael Oliveira
A ideia do Flamengo de construir um estádio onde funcionava o antigo Gasômetro, no Centro do Rio, voltou os holofotes para esta região. Localizado numa área que não conseguiu pegar carona no programa de revitalização Porto Maravilha, lançado em 2009, o espaço chama a atenção pelo seu entorno. Ele é vizinho de terrenos que, por estarem desativados ou até por interesse político, podem ser anexados para servir ao projeto rubro-negro. O GLOBO procurou saber a situação deles.
Um estudo de implementação do estádio feito pela Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto (Cdurp) a pedido do deputado federal Pedro Paulo (apadrinhado do prefeito Eduardo Paes e candidato à reeleição este ano) aponta os terrenos vizinhos ao do Gasômetro que não são de propriedade privada. Ou seja: de negociação mais viável. Há equívocos nos nomes de alguns proprietários, mas as demarcações estão corretas.
Dois terrenos na parte inferior da imagem aguardam justamente a valorização através do programa Porto Maravilha. Ambos pertencem à Prefeitura do Rio. Um deles era da Cedae até janeiro de 2013, quando entrou numa troca com a gestão municipal, que o transformou em depósito. O outro, também da prefeitura, está sem uso há nove anos. Ali funcionou a antiga Usina de Asfalto, transferida para o bairro do Caju.
Mais de uma vez, o prefeito Eduardo Paes se posicionou publicamente como um apoiador do projeto de estádio do Flamengo na região. Logo, uma eventual anexação destes terrenos poderia ser discutida.
“Bora ajudar o futebol carioca. Rodolfo Landim (presidente do Flamengo) já conseguiu minha autorização. Só falta a CEF doar o terreno sem cobrar pelo potencial construtivo! Mas tem que ser de verdade e com ‘papel passado’. Pronto aqui para ajudar. Contem comigo”, escreveu Paes em suas redes sociais, referindo-se ao espaço do Gasômetro, onde seria erguida arena, e que pertence à Caixa Econômica Federal.
Outro terreno, atrás do Gasômetro, também pode ser tornar parte de um eventual complexo. Embora no estudo da Cdurp ele seja atribuído à Polícia Militar, na verdade é um quartel do Exército. Na última segunda-feira, ao falar sobre o tema, o presidente Jair Bolsonaro (que também está em campanha para reeleição) sinalizou que a instituição pode abrir mão do espaço para o Flamengo.
“Liguei agora há pouco para o comando do Exército Brasileiro. Porque, vizinho ao Gasômetro, tem um quartel do Exército. Se for o caso, entra no pacote. Vamos atender ao Flamengo. Estudo de viabilidade está bastante avançado. Sem intermediários”, disse o presidente.
O terreno do Gasômetro pertence ao Fundo de Investimento Imobiliário Porto Maravilha, que é administrado e gerido pela Caixa Econômica Federal. O banco confirmou que teve uma reunião com Landim para discutir a possibilidade da construção do estádio. Uma das soluções estudadas, segundo fontes da estatal admitem de forma reservada, seria ceder o terreno e negociar com o Flamengo ganhos com bilheteria, direito de transmissão de jogos e venda de jogadores.
A localização é um ponto forte do Gasômetro. Na região central do Rio, fica próximo de diversas vias de grande movimentação: Radial Oeste, Avenida Brasil, Francisco Bicalho e a Ponte Rio-Niterói. No terreno em frente, a prefeitura do Rio vai construir um terminal intermodal de transportes públicos, com integração entre linhas do BRT e do VLT.
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O GLOBO: Por Rafael Oliveira A ideia do Flamengo de construir um estádio onde funcionava o antigo Gasômetro, no Centro do Rio, voltou os holofotes para esta região. Localizado numa área que não conseguiu pegar carona no programa de revitalização Porto Maravilha, lançado em 2009, o espaço chama a atenção pelo seu entorno. Ele é
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